Carta da Reitora à Comunidade Acadêmica e sociedade do Oiapoque.

Mantendo o compromisso da atual gestão da Unifap com a transparência, a Administração lançou página institucional com todos os dados orçamentários de 2016 (www2.unifap.br/orçamento) com o objetivo de  informar e dar acesso aos dados financeiros , permitindo que a comunidade acadêmica possa ajudar nas resolução dos  problemas enfrentados devido ao contingenciamento dos recursos repassados pelo MEC e as demandas urgentes que necessitam ser atendidas para continuar garantindo o funcionamento da instituição.

Mesmo com o difícil painel apresentado, a Reitoria volta a afirmar que todos os esforços estão sendo envidados para garantir o pleno funcionamento do Campus Oiapoque, assim como de toda a universidade. Contudo, é preciso alertar a comunidade que nossa universidade alcançou o limite de sua capacidade em absorver os cortes e contingenciamentos, sem que isso prejudique a vida acadêmica.

Desde 2014, a UNIFAP recebe recursos uma vez ao mês e o total não cobre os valores liquidados. O acúmulo de dívidas tem produzido efeitos perversos na vida acadêmica, destacadamente o atraso de auxílios aos estudantes, pagamento com juros de contas de energia elétrica, falta de pagamento dos terceirizados, principalmente vigilância, limpeza e manutenção.  Assim como obras, paralisadas ou executadas, com grande dilatação do cronograma de execução, encarecendo-as.

O Campus Binacional, pactuado com o MEC em 23 de novembro de 2010, não recebeu os valores previstos para obras e equipamentos. Enfrentou, também, dificuldades contratuais e operacionais com empresas licitadas, resultando em grande atraso na construção dos prédios, necessários ao atendimento com qualidade dos cursos oferecidos e consequente obrigação de locação de espaços, como o imóvel alugado, que apresenta graves problemas estruturais e de acessibilidade.

Diante desse cenário e com o objetivo de assegurar aos acadêmicos condições para conclusão de seus cursos, a Reitoria decidiu suspender a entrada de alunos no ano de 2016 e a suspensão deverá ser mantida até que as construções dos Blocos B e C sejam concluídas.

O painel de instabilidades política e econômica acirram os desafios de fazer acontecer a Universidade na fronteira setentrional do país. A Administração não tem se furtado de intensa incursão junto ao Ministério da Educação e junto à bancada do Amapá, representantes da sociedade amapaense, para que as pactuações sejam garantidas, mas ainda sem sucesso no tempo que a Universidade precisa e a sociedade exige. Essa deve ser uma luta de toda a comunidade.

A união e a disposição para trilhar caminhos que garantam a construção de uma universidade de qualidade, pública e gratuita é uma bandeira de toda a Unifap e deve ser o principal motivo de quaisquer reivindicações!

Macapá, 27 de junho de 2016.