Histórico dos Programas Institucionais de Iniciação Científica e Tecnológica

A Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) iniciou sua trajetória institucional na iniciação científica em 1997, com a adesão ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC/CNPq), regulamentado pelo Conselho Superior da Instituição – CONSU/UNIFAP em janeiro de 2006, por meio da Resolução n.º 001/2006, um marco que sinalizou o compromisso da instituição com a formação de novos talentos para a ciência. Desde então, a UNIFAP vem ampliando de forma consistente e estratégica sua atuação nessa área, consolidando políticas de fomento, qualificando processos internos e diversificando as oportunidades oferecidas a seus estudantes.

Com foco em garantir acesso democrático e equitativo à formação científica, a universidade passou a incorporar uma série de programas complementares ao PIBIC, adequando-se às realidades e necessidades do território amazônico. Entre os programas em execução, destacam-se: o PIBIC/CNPq, voltado à iniciação acadêmica em pesquisa científica; o PIBIC-Af/CNPq, direcionado a estudantes beneficiados por ações afirmativas, contribuindo para a equidade e para o enfrentamento das desigualdades raciais e sociais no acesso à ciência; o PIBITI/CNPq, com ênfase no desenvolvimento tecnológico e na inovação; e o PIBIC-EM/CNPq, que atua em articulação com escolas públicas do ensino médio, ampliando o letramento científico entre jovens e fomentando o interesse pela carreira acadêmica desde a educação básica.

Internamente, a UNIFAP desenvolve ações complementares com recursos próprios por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PROBIC), regulamentando por meio da Resolução n.º 07/2010, fortalecendo a autonomia institucional e permitindo maior capilaridade das ações de pesquisa.

O Programa de Voluntariado em Iniciação Científica (PROVIC) também desempenha papel fundamental ao possibilitar a participação de estudantes não contemplados com bolsa, ampliando o alcance da formação científica e valorizando a motivação e o mérito acadêmico como pilares da inclusão. Com esses programas, a UNIFAP consegue atender a uma diversidade de áreas do conhecimento, promovendo a transversalidade e a interdisciplinaridade na prática investigativa.

Nos últimos anos, a universidade tem intensificado seus investimentos em ações de inovação e fortalecimento da infraestrutura de pesquisa, com destaque para a adesão ao Programa de Mestrado e Doutorado Acadêmico para Inovação (MAI/DAI/CNPq), que permite a integração entre universidades e o setor produtivo, contribuindo para a formação de pesquisadores com perfil voltado à solução de problemas reais e ao desenvolvimento regional. Paralelamente, tem incentivado a submissão de projetos aos editais de produtividade tecnológica (DT), apoio à infraestrutura científica (CT-INFRA/FINEP), e outras iniciativas nacionais que visam ampliar a capacidade laboratorial, tecnológica e científica da instituição.

É importante destacar que, no contexto amazônico, caracterizado por desafios históricos relacionados à desigualdade, à carência de infraestrutura e à necessidade de valorização dos saberes tradicionais, a iniciação científica e tecnológica na UNIFAP tem assumido papel estratégico não apenas como etapa formativa, mas como instrumento de transformação social, fortalecimento da cidadania científica e construção de soluções inovadoras e sustentáveis.

A universidade tem sido cada vez mais reconhecida como espaço de construção de conhecimento socialmente referenciado, e os programas de IC e IT têm possibilitado o ingresso de centenas de estudantes em ambientes antes inacessíveis, como laboratórios, centros de pesquisa, bibliotecas especializadas e redes de colaboração interinstitucional. Nesse processo, muitos desses estudantes se tornam protagonistas em suas comunidades, replicando experiências e promovendo o desenvolvimento local por meio da ciência, tecnologia e inovação.

Dessa forma, a trajetória da iniciação científica e tecnológica na UNIFAP se confunde com a própria missão institucional da universidade: formar profissionais e cidadãos comprometidos com o desenvolvimento humano, ambiental e social da Amazônia, promovendo uma ciência inclusiva, ética e transformadora, que respeita a diversidade e atua na superação das desigualdades estruturais da região.