Coral, danças e solos musicais produzidos na Universidade foram apresentados para a comunidade, promovendo intercâmbio cultural.
Na noite da última sexta-feira (16), os projetos de extensão “Canta Unifap” e “Unifap em Cena”, vinculados ao Programa de Formação, Aperfeiçoamento, Qualificação Profissional e Idiomas (Profid), da Universidade Federal do Amapá (Unifap), se apresentaram no evento “Sextou em Cena” e mostraram para a comunidade um pouco do que aprendem nos cursos.
Regidos sob as instruções do mestre Paulinho, o coral Canta Unifap fez apresentações de música popular brasileira, como “Psicodélico”, de Zé Gonzaga, e “Ao Pôr do Sol”, de Teddy Max, entre outros sucessos.

A afinidade com a música é um fator comum entre os coralistas. A corista-soprano, Nilza Salgado, sempre gostou de cantar. ‟Canto em casa com meus netos, mas eu tinha essa vontade de participar de um coral. Aí esse ano, quando surgiu o edital, eu corri para me inscrever, para fazer parte. Até mesmo para aprender um pouco mais de música, das letras, das composições e também descobrir qual era o meu tipo de voz”, declarou.

Foto: Laura Medeiros
As reuniões e aulas promovem um senso de amizade. A convivência entre quem compartilha do mesmo interesse, do conhecimento pela música, rendeu amizades. “De uma certa forma a gente reúne um grupo de pessoas que antes a gente não se conhecia e com o projeto a gente passou a se conhecer, passou a fazer uma amizade, a gente sente falta quando um não vem pro coral. É uma sensação boa de alegria, de companheirismo, desse jeito que eu vejo, virou um grande grupo”, afirmou Nilza Salgado.

Sebastião Barros, egresso da Unifap, assim que viu a divulgação do projeto de extensão na televisão, aproveitou a oportunidade para se inscrever. ‟A sensação é muito boa, pelo menos o reencontro com os amigos, a gente tando (sic) aqui se torna distração desse corre-corre do dia a dia. Aqui é um ponto de reencontro e se torna tudo mais agradável”, aditou.

Foto: Laura Medeiros
No pós-pandemia, Cíntia Amaral conheceu o Profid e por meio dele fez o curso de Libras na modalidade on-line, mas revela que sempre teve um sonho que deixou de lado apenas por um tempo. ‟Meu sonho sempre foi cantar, já cantei em Belém, cantei no Walkyria Lima, aí casei, trabalhei, tive filho e fui me afastando, mas agora que aposentei,, voltei”, contou entusiasmada. ‟É terapêutico, a música é terapia”, concluiu.
No discurso de abertura, o coordenador pedagógico do Canta Unifap, Alan Bena, ressaltou a valorização do retorno da produção artística para a comunidade. ‟O Sextou em Cena é muito importante por conta de mostrar que a Universidade possui um trabalho cultural na nossa sociedade, tem o poder de demonstrar para a sociedade o valor da arte, o valor da cultura, a valorização não só da música popular brasileira, mas também da música popular amapaense, não só no coral de vozes, mas também em libras, e trazer a sociedade para dentro da Universidade, para conhecer esses projetos, observou.

Foto: Laura Medeiros
Uma curiosidade do projeto é a faixa etária entre os 40 participantes. ‟Tem pessoas que tem 18 anos, mas também temos senhores de 65 e 70 anos fazendo parte do nosso coral. Ele atinge realmente um público de diversas idades”, destacou o coordenador pedagógico.
O Canta Unifap está na sua etapa final e se preparando para as apresentações de fim de ano. ‟(…) Um repertório voltado com as músicas do Natal e, como ele vai se encerrar em novembro, a gente já está se preparando, quem sabe, para uma nova etapa para poder ampliar ainda mais as pessoas que querem ter interesse em participar conosco”, projetou.
Os participantes fazem projeções para um futuro de sucesso do projeto, como Nilza, que está ansiosa para um coral de crianças. “A minha neta, ela gosta de cantar músicas como o pai dela, ouve muita música popular brasileira, ela gosta de músicas incríveis, a gente acha lindo ela cantar e se interessar por música popular brasileira”, ressaltou.

A monitora de aulas de dança, Evelin Canto, prestigiou o evento com entusiasmo. “O Sextou em Cena é um evento cultural que tenta abranger toda a família acadêmica, tenta chamar mais gente para a cultura, apresentar novas áreas como o coral em libras, que muitas pessoas não conhecem, mostrar o coral e também a dança que a gente tenta levar para mais pessoas, não só pelos benefícios de saúde, mas mental e principalmente por diversão”, apontou. “Existem alunos que nunca dançaram na vida e outras que acabam de descobrir o interesse, entre 18 e 40 anos, é também um projeto que abrange um público diverso e muito interessado pela arte da dança”, continuou.
O Unifap em Cena, nesta noite de sexta, certificou um aluno destaque, Anderson Rodrigues, que demonstrou seu entusiasmo em fazer parte do projeto de extensão. ‟Eu tô gostando muito de fazer parte do grupo, de interpretar canto em línguas de sinais. Para mim, estar aqui, todos os dias, é um desafio. Quando eu comecei em libras foi do zero, hoje eu tô aqui, já sei sinalizar sem regente, para mim é muito maravilhoso, não desisto, é muito gratificante”, comemorou.

Agora, ficamos no aguardo desta próxima apresentação temática para o Natal, não perca a oportunidade de conhecer os projetos e viver a arte inclusive do Unifap em Cena, do Coral em Libras e do Canta Unifap.
*Texto e fotos: Laura Medeiros (Bolsista Comunicação Profid)