O I SIPLI-Norte

O I SIPLI-Norte busca consolidar os estudos de línguas indígenas em um estado em que são encontrados, atualmente, cinco povos indígenas, pertencentes aos principais agrupamentos linguístico-culturais da Amazônia: (i) Wajampí (Tupí), falantes da língua Wajampí; Galibí-Marworno e Galibi do Oiapoque (Karib) que tem como língua materna o Khéoul; Palikur (Aruák), falantes de Palikur; (iv) Karipuna (origem diversa), que também usam o Khéoul como língua materna. Entre todos estes povos, o português avança cada vez mais e, ao lado do Khéoul, é a língua materna dos Galibi-Marworno, Galibi do Oiapoque e Karipuna.

A região em que estas línguas estão inseridas apresenta uma grande diversidade linguística. Ao considerarmos a macro-região denominada de “Platô” das Guianas (Amapá, norte do Pará, Roraima, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa) temos, por exemplo: (i) na serra do Tumucumaque, na fronteira do Brasil com Suriname e Guiana Francesa, são encontrados os Tiriyó, os Katxuyana, os Apalai e os Wayana, todos em território brasileiro; (ii) os Emerrilon, povo Tupí, tal como os Wajampí e o Zo’é (norte do Pará), estão na Guiana Francesa; (iii) um subgrupo Tiriyó, os Trio, estão no Suriname. O contexto linguístico/cultural desta região não difere daquele encontrado em toda a região amazônica, ou seja, essencialmente multilingue e multicultural.