Você está visualizando atualmente Lixo eletrônico: Entenda como a produção desses resíduos impacta o meio ambiente

Lixo eletrônico: Entenda como a produção desses resíduos impacta o meio ambiente

Você já parou para pensar no que acontece com os aparelhos que deixamos para trás em prol de adquirirmos o smartphone mais moderno ou a Smart TV com um número de polegadas cada vez maior que o da anterior?

O avanço da tecnologia trouxe sem dúvida alguma um grande progresso para a humanidade em um curto espaço de tempo, além de nos permitir utilizar dispositivos cada dia mais sofisticados. No entanto, ao mesmo tempo em que aumenta o número de produção e compra destes equipamentos, aumenta também um dado ainda mais alarmante: a produção de lixo eletrônico. Nesseovyeshop tatacalzature borsalamilanesa akutrekkingshop 24bottlesclima lingerie super sexy guardianiscarpe negozitata ynotsaldi capsvondutch capsvondutch moorecains coralblueoutlet 24hbottle geoxoutlet sentido, mostra-se fundamental a necessidade de entender o que o processo de consumo e de descarte dos equipamentos eletrônicos representam para o meio ambiente.

De modo geral, os equipamentos elétricos e eletrônicos (EEE) são uma ampla gama de produtos que possuem circuitos ou componentes elétricos com fonte de alimentação ou bateria (Step Initiative, 2014).  Quando um proprietário se desfaz de um EEE sem a intenção de reutilização, esse equipamento se transforma em lixo eletrônico, material que quando não schneider forno microonde boxster helm Belgium ladybird jurk nerfultra abiti cerimonia uomo on line montre nike+ sportwatch gps cardio cafe privilege cafetière isotherme jordan max aura 4 sandale cloutée nerfultra nike air max fff ropa casual para niña de 4 años ccc bordó csizma marella outlet disfraces calavera descartado corretamente, contribui consideravelmente para a degradação ambiental.

O problema do lixo eletrônico

Segundo dados do Monitor Global E-Waste 2020, relatório desenvolvido pela Universidade das Nações Unidas, somente até 2019 foram produzidos cerca de 53.6 Mt (mega toneladas) de lixo eletrônico no mundo todo, o que representa cerca de 7,3 kg de lixo eletrônico produzidos per capita. Estima-se que até 2030, a quantidade desses resíduos ultrapassará 74 Mt, uma taxa alarmante que representa crescimento de 2 Mt por ano. O relatório aponta ainda que o Brasil descartou em 2019, mais de 2 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos, sendo que menos de 3% desse volume foi reciclado.

O professor Marcos Leal, coordenador do CRC Unifap explica sobre os impactos do lixo eletrônico, “O lixo eletrônico é um grande indicador de contaminação do solo, do lençol freático e de todo o meio ambiente. Esse acúmulo de lixo eletrônico pela má condição de uso, quebra de componentes dos equipamentos, pela ociosidade dos equipamentos e até mesmo pelo lançamento de novos modelos, condiciona-se à não separação do lixo correto”, afirma.

A obsolescência programada

Uma das principais causas do aumento considerável de lixo eletrônico nos últimos anos é uma prática extremamente prejudicial para o meio ambiente e para os consumidores, mas que acaba sendo realizada pela maioria das empresas atuantes no mercado tecnológico: a obsolescência programada. Já teve a sensação de que os aparelhos antigos duravam muito mais do que os atuais? Pois bem, essa não é apenas uma sensação e sim uma realidade. Algumas empresas produzem equipamentos com vida útil muito menor do que podem, somente para que os consumidores se sintam forçados a comprarem novos e continuarem a movimentar o mercado.

O problema dessa prática é que as empresas responsáveis por estimulá-la, em momento algum passam a ser responsabilizadas pelos transtornos que causam ao meio ambiente. O resultado disso são milhares de computadores, celulares, pilhas e Tv’s, dentre outros equipamentos eletroeletrônicos compostos por metais pesados e componentes tóxicos degradando o meio ambiente.

Precisamos lembrar que além das grandes empresas, cada pessoa também é responsável pelo próprio lixo que produz. O documentário “O lixo Nosso de Cada Dia”, dirigido por Fernanda Barban, produzido pela Huracán e Casa Rosa Filmes e lançado em 2019, discute justamente esses impactos e a relação da sociedade com esses resíduos. O Projeto contemplado pelo Prêmio Nelson Seixas 2019, da Secretaria de Cultura de São José do Rio Preto – SP, nos mostra ainda os caminhos desse lixo, bem como as ações para reduzir seu impacto ambiental.

Esse material é extremamente rico em substâncias tóxicas, mas também possui em seus componentes plástico e metais pesados que poderiam ser reaproveitados. No entanto, devido ao descarte incorreto a maior parte desses resíduos vão parar no meio ambiente, contaminando o solo, rios e pessoas, causando enorme risco à preservação ambiental.

Uma das alternativas para tentar reduzir esses impactos são os CRCs. De acordo com o Ministério das Comunicações (MCom), os Centros de Recondicionamento de Computadores espaços físicos adaptados para o recondicionamento de equipamentos eletroeletrônicos, para a realização de cursos e oficinas e destinados a realizar o descarte correto de resíduos eletrônicos. Através do recondicionamento de computadores e peças adjacentes, os CRC´s conseguem devolver esses equipamentos ao uso.

CRC UNIFAP

O Centro de Recondicionamento de Computadores da Unifap (CRC Unifap), é um Projeto de Extensão vinculado ao Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas (DCET) e ao Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI). O CRC faz parte de um projeto do Ministério das Comunicações que visa a formação profissional de pessoas em vulnerabilidade social, por meio de cursos e oficinas direcionadas à recuperação de equipamentos eletrônicos e à conscientização da sociedade para o descarte consciente de resíduos eletrônicos.

O projeto faz parte dos princípios e instrumentos que tornam compartilhada a responsabilidade pelo ciclo de vida dos produtos e a logística reversa. Instituído pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei n° 12.305/10, e atua em três pilares: formação cidadã, reuso de computadores e descarte consciente de lixo eletrônico. Neste, é realizado o recondicionamento, que consiste na limpeza, manutenção nos computadores, substituição de peças e componentes que apresentam defeitos, acréscimo de componentes para melhoria de desempenho e instalação de softwares livres.

Sob a coordenação do Prof. Me. Marco Antônio Leal da Silva e do Prof. Rafael Pontes Lima, o CRC tem ainda o objetivo de educar a população sobre a importância de descartar corretamente o seu lixo eletrônico, através de campanhas que realizem atividades promovendo a educação ambiental, além de práticas sustentáveis e tecnológicas.

“Com essa iniciativa do CRC diminuir esse número de contaminação do meio ambiente, do lixo sólido armazenado de maneira errada, do lixo eletrônico contaminando o meio ambiente, no Amapá. O projeto começa na Unifap Campus Marco Zero, porém nós temos campus também no Oiapoque, no Mazagão e Santana, onde nós vamos também gerar novos pontos de coleta, conscientização, programas de educação inclusiva, que é a missão do CRC”, conclui Marco Leal.

Texto: Etienice Silva / Bolsista Projeto de Extensão CRC Unifap.

Deixe um comentário