Apresentação

A 11ª Rodada de Licitação promovida pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) contemplou blocos das bacias marítimas da Foz do Amazonas, alguns destes localizados na costa amapaense
As empresas Total (grupo empresarial francês), Petrobrás, British Petroleum (britânica) e Queiroz Galvão venceram a maioria dos blocos licitados para pesquisa na Bacia da Foz do Amazonas e diante da possível viabilidade de ocorrência de petróleo e gás têm sinalizado interesse em dialogar com os Governos locais para antecipar oportunidades e prevenções.
O Bloco FZA-M-57 do Setor SFZA-AP1, localizado mais ao norte do setor, em águas profundas da costa amapaense, teve bônus de assinatura no valor de R$ 345.950.100,00 ofertado pelo consórcio vencedor liderado pela empresa Total (40%) e tendo a participação da Petrobras (30%) e British Petroleum (30%). Esse foi o maior bônus pago na 11ª Rodada da ANP.
A Agência Nacional de Petróleo (ANP) estima existência de reserva (ainda não comprovada) da ordem de 14 bilhões de barris de petróleo e 1.132,8 bilhões de metros cúbicos de gás. Em termos comparativos, o montante de reservas do País provadas atualmente é de 15,6 bilhões de barris de petróleo, além de 458,2 bilhões de metros cúbicos de gás natural. Caso as reservas dos blocos da bacia da Foz do Amazonas sejam provadas, a produção do País poderá duplicar nos próximos anos.
Os blocos da costa do Amapá são classificados em termos de localização em: blocos de águas rasas (AR) e blocos de águas profundas (AP). Os blocos de águas profundas são os que apresentam maior expectativa de viabilidade econômica. São blocos afastados da costa (Offshore) que apresentam distância maior que 60 quilômetros da linha de costa e profundidade superior a 3.000 metros.
Um dos maiores problemas a ser enfrentado pelas empresas de petróleo para se instalar na costa amapaense é a vulnerabilidade ambiental dos ecossistemas e a expectativa de benefícios imediatos.
Quanto à questão ambiental, pareceres prévios emitidos pelo Governo Federal apontam lacunas de informações e a necessidade de levantamentos sobre os meios físico, biótico e socioeconômico para compor estudos de impactos ambientais. Além do mais, a região costeira do Amapá é preenchida por Unidades de Conservação de Proteção Integral.
O licenciamento ambiental é prioridade neste momento da pesquisa de petróleo e gás, mas a construção de uma política ambiental com sustentabilidade faz-se necessário para que a possível exploração possa gerar benefícios equânimes entre empresas e seus stakeholders.
A expectativa de benefícios imediatos é sintomática a empreendimentos que exploram recursos naturais em regiões carentes e de alguma forma impõe a necessidade de antecipação de diálogos e formação de competência local para melhorar o conhecimento local sobre a atividade, principalmente quanto ao aproveitamento de oportunidades direta e indireta dos negócios que envolvem a cadeia produtiva do petróleo e gás.
A iniciativa de estruturar um Programa de Pós-Graduação Lato Sensu em Meio Ambiente, Petróleo e Gás na Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), tendo como parceiro o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE/Amapá), é uma oportunidade em ofertar a sociedade uma qualificação sobre um dos setores que deverá pautar o debate (ambiental e econômico) nós próximos anos no Amapá.
Sobre as parcerias formadas em torno do curso relata-se que em reunião realizada no SEBRAE dia 18 de novembro de 2014 foi dado o primeiro passo para a formação de uma “Rede” institucional vinculada à cadeia de petróleo e gás (P&G) no estado do Amapá. Estiveram presentes instituições de diferentes âmbitos, incluindo a UNIFAP.
A “Rede Petróleo e Gás do Amapá” conta com apoio de diversos segmentos que tem interesse em se capacitar para interagir com o setor, quais sejam: Federação do Comércio do Estado do Amapá (FECOMERCIO), Associação Comercial e Industrial do Amapá (ACIA), Federação das Indústrias do Estado do Amapá (FIEAP), Federação da Agricultura e da Pecuária do Estado do Amapá (FAEAP), Câmara de Dirigentes Lojistas de Macapá (CDL), Câmara de Dirigentes Lojistas de Santana (CDL), entre outros. A proposta de ofertar o Curso de Especialização em Meio Ambiente, Petróleo e Gás (CEMAPG) surgiu dentro da Rede e recebeu forte adesão dos seus integrantes.
O CEMAPG está estruturado em três (03) módulos que se integram por meio de teorias e práticas de campo que visam colocar o aluno em contato com a dinâmica econômica do setor de petróleo e gás, considerando princípios de respeito ao meio ambiente e à sustentabilidade. Esta pós-graduação Lato Sensu é uma contribuição à formação especializada em relação a um dos temas que cada vez mais pautam as agendas ambiental e econômica do Poder Público, das Empresas e da Sociedade Civil Organizada: a exploração de recursos naturais não renováveis.

VER AQUI CALENDÁRIO DE AULAS DO CURSO

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