Ingresso, estrutura curricular, integralização e disciplinas
Ingresso e Estrutura:
O ingresso de discentes ocorrerá por meio de processo seletivo realizado no segundo semestre, devidamente regulamentado por edital público. A seleção consistirá na avaliação de projeto de pesquisa, aplicação de prova escrita, prova de títulos e entrevista.
O mestrando deverá cumprir 24 créditos em disciplinas ao longo de dois semestres. No primeiro, o aluno ingressante deverá cursar a disciplina Teoria e metodologia da História (90 horas, 6 créditos) e mais uma disciplina Seminário de linha de pesquisa (90 horas, 6 créditos) correspondente à linha a qual está vinculado, totalizando assim 12 créditos. No segundo semestre, o aluno deverá cursar 3 (três) disciplinas optativas ou eletivas de 4 créditos cada, totalizando mais 12 créditos. O discente deverá ainda realizar exame de qualificação e defender a dissertação no prazo máximo de 24 meses.
Disciplinas Obrigatórias:
Teorias, conceitos e métodos do campo da produção do conhecimento histórico; influências filosóficas da historiografia moderna; novos objetos e abordagens da História e diálogos com outras ciências; critérios de validade do conhecimento histórico; impacto social da narrativa e estética historiográfica; ética e historiografia.
Bibliografia
DIAS, Maria Odila Leite da Silva. Hermenêutica do cotidiano na historiografia contemporânea. Projeto História, Nº 17, de novembro de 1998, p. 223-258.
GADAMER, Hans-Georg. Verdade e método I: traços fundamentais de uma hermenêutica histórica. 13 ed. Petrópolis: Vozes, 2013.
GUHA, Ranajit; SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Selected subaltern studies. Oxford: Oxford University, 1988.
HARTOG, François. Régimes d’historicité: présentisme et expériences du temps. Paris: Seuil, 2012.
KOSELLECK, Reinhart. Futuro passado: Contribuição à semântica do tempo histórico. Rio de Janeiro: Contraponto, Editora da PUC-Rio, 2006.
LORENZ, Chris; BEVERNAGE, Berber. Breaking up time: negotiating borders between present, past and future. Bristol: V&R, 2013.
MARTINS, Estevão de Rezende (org). A história pensada: Teoria e método na historiografia europeia do século XIX. São Paulo: Contexto, 2010.
MITRE, Antonio. O dilema do centauro: ensaios de teoria da história e pensamento latino-americano. Belo Horizonte: UFMG, 2003.
PROST, Antoine. Doze lições sobre a história. Belo horizonte: Autêntica, 2008.
REIS, José Carlos. História da “consciência histórica” ocidental contemporânea: Hegel, Nietzsche, Ricouer. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.
RÉMOND, René. Por uma história política. Rio de Janeiro: FGV, 2003.
RICOEUR, Paul. Tempo e narrativa: o tempo narrado. São Paulo: Martins Fontes, 2012.
RÜSEN, Jörn. Razão Histórica – Teoria da História: Os fundamentos da ciência histórica. Brasília: Editora da UnB, 2001.
SARLO, Beatriz. Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva. São Paulo: Companhia das Letras; Belo Horizonte: UFMG, 2007
SAVAGE, Mike; DEVINE, Fiona; e SCOTT, John (eds.). Rethinking class: culture, identities and lifestyles. New York: Palgrave Macmillan, 2005.
SIMMEL, Georg. Ensaios sobre teoria da história. Rio de Janeiro: Contraponto, 2011.
THOMPSON, E. P. A peculiaridade dos ingleses e outros artigos. Campinas-SP: Unicamp, 2001.
WHITE, Hayden. Meta-História: a imaginação histórica no século XIX. 2 ed. São Paulo: EDUSP, 2019.
Disciplina voltada aos debates teóricos e metodológicos da linha História social do trabalho. Discussão dos projetos de pesquisa e propostas de dissertação dos mestrandos. Apresentação e debates acerca de possibilidades analíticas, caminhos interpretativos e produções textuais dos discentes, preferencialmente relacionados à elaboração da dissertação. Discussão de obras e artigos recentes na área da linha de pesquisa.
Bibliografia
AZEVEDO, Elciene Azevedo et al. Trabalhadores na cidade: cotidiano e cultura no Rio de Janeiro e em São Paulo, séculos XIX e XX. Campinas: Editora da Unicamp, 2009.
BATALHA, Cláudio H. M.; SILVA, Fernando T.; FORTES, Alexandre. Culturas de classe. Campinas: Unicamp, 2004.
BATISTELLA, Mateus; MORAN, Emilio F.; ALVES, Diógenes (orgs.). Amazônia: natureza e sociedade em transformação. São Paulo: Edusp, 2008.
COOPER, Frederick; HOLT, Thomas C.; SCOTT, Rebecca. Além da escravidão: investigações sobre raça, trabalho e cidadania em sociedades pós-emancipação. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2005.
FORTES, Alexandre, et. al. Na luta por direitos: estudos recentes em história social do trabalho. Campinas-SP. Editora da Unicamp, 1999.
GOMES, Flávio dos Santos. A hidra e os pântanos: mocambos, quilombos e comunidades de fugitivos no Brasil, (séculos XVII-XIX). São Paulo: Ed. UNESP; Ed. Polis, 2005.
HOBSBAWM, Eric J. Mundos do trabalho: novos estudos sobre história operária. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.
JOSHI, Chitra. Além da polêmica do provedor: mulheres, trabalho e história do trabalho. Revista Mundos do Trabalho, Florianópolis, v. 1, n. 2, p. 147-170, nov. 2009.
LINDEN, Marcel van der. Trabalhadores do mundo: ensaios para uma história global do trabalho. Campinas: Editora da Unicamp, 2013.
LINEBAUGH, Peter. A hidra de muitas cabeças: marinheiros, escravos, plebeus e a história oculta do Atlântico revolucionário. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
MAC CORD, Marcelo & BATALHA, Claudio H. M. (Orgs.). Organizar e proteger: trabalhadores, associações e mutualismo no Brasil (séculos XIX e XX). Campinas: Editora da Unicamp, 2014.
MACLACHLAN, Colin M. The Indian labor structure in the Portuguese Amazon, 1700-1800. In: Dauril Alden (org.). Colonial Roots of Modern Brazil: papers of the Newberry Library Conference. Berkeley, Los Angeles, London: University of California Press, 1973.
MATTOS, Marcelo Badaró. Trabalhadores e sindicatos no Brasil. São Paulo: Expressão Popular, 2009.
MOTTA, Márcia; ZARTH, Paulo (orgs.). Formas de resistência camponesa: visibilidade e diversidade de conflitos ao longo da História. São Paulo: Unesp, 2008. Vol. 1 e 2.
PERRONE-MOISÉS, Beatriz. Índios livres e índios escravos: os princípios da legislação indigenista do período colonial (séculos XVI a XVIII). In: Manuela Carneiro da Cunha (org.). História dos índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras: Secretaria Municipal de Cultura/FAPESP, 1992.
SAVAGE, Mike; DEVINE, Fiona; e SCOTT, John (eds.). Rethinking class: culture, identities and lifestyles. New York: Palgrave Macmillan, 2005.
SAVAGE, Mike. Espaço, redes e formação de classe. Revista Mundos do Trabalho. Vol. 3, n. 5, jan.-jun. 2011, p. 06-33.
SCOTT, Rebeca J. Small-scale dynamics of large-scales processes. The American Historical Review. Vol. 105, n. 2 (apr. 2000), p. 472-479.
STEINFELD, Robert. Coercion, contract and free labor in the nineteenth century. Cambridge: Cambridge University Press, 2001.
THOMPSON, Edward P. A formação da classe operária inglesa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988, 3 v.
THOMPSON, Edward Palmer. Costumes em comum: estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
Disciplina voltada aos debates teóricos e metodológicos da linha Poder, memórias e representações. Discussão dos projetos de pesquisa e propostas de dissertação dos mestrandos. Apresentação e debates acerca de possibilidades analíticas, caminhos interpretativos e produções textuais dos discentes, preferencialmente relacionados à elaboração da dissertação. Discussão de obras e artigos recentes na área da linha de pesquisa.
Bibliografia
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Lisboa: Bertrand Brasil/Difel, 1989.
CHARTIER, Roger. A história cultural: entre práticas e representações. 2 ed., Lisboa: Difel, 2002.
ELIAS, Norbert. O processo civilizador. Volume 2: Formação do Estado e Civilização. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1993.
FERREIRA, Marieta de M. e AMADO, Janaína. Usos e abusos da História Oral. Rio de Janeiro: Ed. da FGV, 1996.
HALBWACHS, Maurice. La mémoire collective. Ouvrage posthume publié. Paris: PUF, 1950.
LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas: Unicamp, 2003.
MOTTA, Rodrigo Patto Sá (org). Culturas políticas na história: novos estudos. Belo Horizonte: Argvmentvm, 2009.
NORA, Pierre. Les lieux de mémoire. Paris: Gallimard, 1984.
REVEL, Jacques (org.). Jogos de escala: a experiência da microanálise. Rio de Janeiro: FGV, 1998.
RÉMOND, René (Org). Por uma história política. Rio de Janeiro: FGV, 2003.
RICŒUR, Paul. La mémoire, l’histoire, l’oubli. Paris: Seuil, 2000.
RIOUX, Jean-Pierre. SIRINELLI, Jean-François. Para uma História Cutural. Lisboa: Estampa, 1998.
Disciplinas Optativas:
Debate das principais tendências da História Cultural ao longo dos últimos anos. Análise da noção de representações como um conjunto de códigos, valores e saberes que imprimem sentido as ações humanas, individual ou coletivamente. Discussão sobre os modos como as representações manifestam relações de poder. Análise crítica sobre como as questões de preconceito, discriminação e estigmas são construídos historicamente para com grupos negros, LGBTs, mulheres, quilombolas, indígenas, povos tradicionais, dentre outros.
Bibliografia
BAKHTIN, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento. O contexto de François Rabelais. São Paulo: Anablume; Hucitec, 2002.
BHABHA, H. K. O local da cultura. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2007.
BURKE, Peter. A escrita da história. São Paulo: Editora da UNESP,
BURKE, Peter. A Escola dos Annales. São Paulo: Unesp, 1997.
CHARTIER, Roger. A história cultural: entre práticas e representações. Lisboa: Difel, 1990.
CANDIDO, Antonio. Literatura e sociedade. São Paulo: Nacional, 1985.
FERRO, Marc. (org.). O livro negro do colonialismo. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.
FREITAS, Marcos Cezar de (org). A historiografia brasileira em perspectiva. Rio de Janeiro: Contexto, 1998.
GINSZBURG, Carlo. Relações de força. História, retórica, prova. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 1999
SAID, Edward. O Orientalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
SILVA, Tadeu. Identidade e diferença: a perspectiva dos Estudos Culturais. Rio de Janeiro: Vozes, 2000.
THOMPSON, E. P. Costumes em comum. Estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
Discussão dos processos de lutas políticas e as estratégias de organização do poder entre diferentes grupos sociais definidos pelas suas redes de sociabilidade e dinâmica de inserção no ambiente político institucional. Ênfase aos aspectos de organização das relações de poder em nível local, regional e nacional, e seus vínculos com transformações no contexto internacional. Estudos sobre diferentes instituições e suas relações de poder.
Bibliografia
BERTRAND, Michel (coord.). Configuraciones y redes de poder: un análisis de las relaciones sociales en América Latina. Caracas: Fondo Editorial Tropykos, 2002.
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Lisboa: Bertrand Brasil/Difel, 1989.
BURKE, Peter. Veneza e Amsterdã: um estudo das elites do século XVII. São Paulo: Brasiliense, 1991.
CARVALHO, José Murilo de. A construção da ordem: a elite política imperial. Teatro de sombras: a política imperial. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, Relume-Dumará, 1996.
ELIAS, Norbert. O processo civilizador. Volume 2: Formação do Estado e Civilização. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1993.
FAORO, Raymundo. Os donos do poder: formação do patronato político brasileiro. São Paulo: Globo, 2008.
FERNANDES, Florestan. A revolução burguesa no Brasil: ensaios de interpretação sociológica. 3ª ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1976.
MILLS, C. Wright. A elite do poder. Tradução de Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1965.
SCHWARTZ, Stuart B. Burocracia e sociedade no Brasil colonial: o Tribunal Superior da Bahia e seus desembargadores, 1609-1751. São Paulo. Companhia da Letras, 2011.
Análise do debate em torno das relações entre os diversos grupos religiosos, sociedades e política no Brasil e no contexto da Amazônia. Questões sobre a formação das identidades religiosas, estado laico, pluralismo religioso, concorrência religiosa e intolerância e racismo religioso.
Bibliografia
BITTENCOURT FILHO, José. Matriz religiosa brasileira: religiosidade e mudança social. Petrópolis: Vozes/Koinonia, 2003.
BURITY, Joanildo. Fé na revolução. Protestantismo e o discurso revolucionário brasileiro (1961-1964). Rio de Janeiro: Novos Diálogos, 2011.
DUSSEL, Enrique. Caminhos da libertação na América Latina. São Paulo: Paulinas, 1984.
FREITAS, Marcos Vinicius & PY, Fábio. Católicos e evangélicos na politica brasileira. Estudos de Religião, v. 29, n. 2. 135-161. jul.-dez. 2015.
FRESTON, Paul. Evangélicos na política brasileira: história ambígua e desafio ético. Encontrão Editora, 1994.
GIUMBELLI, E. 2002 Zélio de Moraes e as origens da umbanda no Rio de Janeiro. In SILVA, V. G. (org.). Caminhos da alma: memória afro-brasileira, São Paulo, Summus, pp. 183-217.
MAFRA, Clara. Santidade e sinceridade na formação da pessoa cristã. Religião e Sociedade, v. 34, n. 1, 2014.
MAFRA, Clara. Como o espírito santo educa a atenção? In: Carlos Alberto Steil e Isabel Cristina de Moura Carvalho. (Org.). Cultura, percepção e ambiente: Diálogos com Tim Ingold. São Paulo: Terceiro Nome, 2012.
MENDONÇA, Antônio Gouvêa; VELASQUES, Prócoro. Introdução ao Protestantismo no Brasil. São Paulo: Loyola, 2002.
CARVALHAES, Claudio; PY, Fábio. Liberation Theology in Brazil. Cross Currents, v. 67, p. 157-179, 2017.
PY, Fábio; PEDLOWSI, M. A. Atuação de religiosos luteranos nos movimentos sociais rurais do Brasil de 1975 à 1985. Tempo, v.74, n.2, 2018.
PY, Fabio. Lauro Bretones, um protestante heterodoxo no Brasil de 1948 à 1956. Tese de Doutorado – Rio de Janeiro: PUC, Departamento de Teologia, 2016b.
REIS, João J. Nas malhas do poder escravista: a invasão do Candomblé do Accú na Bahia, 1829. Religião e Sociedade, Salvador, v. 13, n. 3, 1986.
SILVEIRA, R. O Candomblé da Barroquinha: processo de constituição do primeiro terreiro baiano de keto. Salvador: Maianga, 2006.
Questões historiográficas sobre o trabalho livre, escravo e compulsório. A História global do trabalho e o debate internacional sobre trabalho livre e não livre (free and unfree labor). Aspectos da liberdade e compulsoriedade do trabalho na Amazônia. Especificidades, diferenças, aproximações e experiências de trabalhadoras e trabalhadores africanos, indígenas, migrantes e pobres livres e libertos em geral. Análise das intersecções e possibilidades investigativas entre raça, gênero, etnia e diferentes formas de trabalho livre e compulsório.
Bibliografia
CHALHOUB, Sidney. Costumes senhoriais: escravização ilegal e precarização da liberdade no Brasil Império. In: Elciene Azevedo et al. Trabalhadores na cidade: cotidiano e cultura no Rio de Janeiro e em são Paulo, séculos XIX e XX. Campinas: Editora da Unicamp, 2009.
CLEARY, David. “‘Lost altogether to the civilized world’: race and the Cabanagem in Northern Brazil, 1750 to 1850”. Comparative Studies in Society and History, 40 (1998), pp. 109-135.
COOPER, Frederick; HOLT, Thomas C.; SCOTT, Rebecca. Além da escravidão: investigações sobre raça, trabalho e cidadania em sociedades pós-emancipação. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2005.
JOSHI, Chitra. Além da polêmica do provedor: mulheres, trabalho e história do trabalho. Revista Mundos do Trabalho, v. 1, n. 2, p. 147-170, nov. 2009.
LINDEN, Marcel van der; GARCÍA, Magaly Rodríguez (eds). On coerced labor. work and compulsion after chattel slavery. Brill: Leiden and Boston, 2016.
LINDEN, Marcel van der. Trabalhadores do mundo: ensaios para uma história global do trabalho. Campinas: Editora da Unicamp, 2013.
LIMA, Henrique Espada. Sob o domínio da precariedade: escravidão e os significados da liberdade de trabalho no século XIX. Topoi, Rio de Janeiro, v. 6, n. 11, p. 289-326, dez. 2005.
PAZ, Adalberto. Free and unfree labor in the nineteenth-century brazilian Amazon. International Review of Social History, 62 (2017), 23-43.
RESTALL, Matthew (ed.). Beyond black and red: African-Native relations in colonial Latin America. New Mexico: University of New Mexico, 2005.
STEINFELD, Robert. Coercion, contract and free labor in the nineteenth century. Cambridge, Cambridge University Press, 2001.
BRASS, Tom; LINDEN, Marcel van der (eds). Free and unfree labour: the debate continues. Berne: Peter Lang AG, 1997.
Discussão das possibilidades de investigação histórica a partir da análise das instrumentalizações políticas da memória. A atuação de grupos em diferentes cenários, como os espaços físicos: fronteira, território, região, cidade; espaços institucionais: partidos políticos, associações de classe, sindicatos; e espaços simbólicos: discursos, narrativas, cultura material e cultura visual.
Bibliografia
AZEVEDO, Cecília, ROLLEMBERG, Denise, KNAUSS, Paulo, BICALHO, Maria Fernanda e QUADRAT, Samantha Viz (orgs). Cultura política, memória e historiografia. Rio de Janeiro: FGV, 2009.
BERSTEIN, Serge. A Cultura Política. (In) RIOUX, Jean-Pierre. SIRINELLI, Jean-François. Para uma História Cultural. Lisboa: Estampa, 1998.
CHARTIER, Roger. A história cultural: entre práticas e representações. 2 ed., Lisboa: Difel, 2002.
HALBWACHS, Maurice. La mémoire collective. Ouvrage posthume publié. Paris: PUF, 1950.
PORTELLI, Alessandro. “O massacre de Civitella Val di Chiana”. In: FERREIRA, Marieta de M. e AMADO, Janaína. Usos e abusos da História Oral. Rio de Janeiro: Ed. da FGV, 1996.
LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas: Unicamp, 2003.
RÉMOND, René (org). Por uma história política. Rio de Janeiro: FGV, 2003.
RICŒUR, Paul. La mémoire, l’histoire, l’oubli. Paris: Seuil, 2000.
NORA, Pierre. Les lieux de mémoire. Paris: Gallimard, 1984.
SOIHET, Rachel. BICALHO, Fernanda B. GOUVÊA, Maria de Fátima S. Culturas políticas: ensaios de história cultural, história política e ensino de história. Rio de Janeiro: Mauad, 2005.
MOTTA, Rodrigo Patto Sá (Org). Culturas políticas na história: novos estudos. Belo Horizonte: Argvmentvm, 2009.
Experiências organizativas de trabalhadores e trabalhadoras: mutualismo, cooperativismo, associativismo, sindicatos e partidos. Mulheres, trajetórias políticas e luta por direitos. Formas de protesto e suas relações com as culturas de classe, gênero, raça e etnia. Movimentos sociais no campo e na cidade. Pobreza, conflitos sociais e disputas territoriais. Trajetórias biográficas de trabalhadores e as disputas políticas locais, regionais e globais.
Bibliografia
CASTELLUCCI, Aldrin. Trabalhadores e política no Brasil: do aprendizado do Império aos sucessos da Primeira República. Salvador: EDUNEB, 2015
FERREIRA, Jorge (Org.). O populismo e sua história: debate e crítica. Rio de Janeiro, 2001.
FERRERAS, Norberto Osvaldo de; SECRETO, Maria Verónica. Os pobres e a Política. Rio de Janeiro: Mauad x: Faperj, 2013.
FORTES, Alexandre, et. al. Na luta por direitos: estudos recentes em história social do trabalho. Campinas-SP. Editora da Unicamp, 1999.
FRACCARO, Glaucia. Os direitos das mulheres: organização social e legislação trabalhista no entreguerras brasileiro (1917-1937). Tese (doutorado em História) – Unicamp, Campinas, 2016.
GOMES, Ângela de Castro. A invenção do trabalhismo. 3ed. Rio de Janeiro: FGV, 2005.
HOBSBAWM, Eric. Os trabalhadores: estudos sobre história do operariado. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
LEAL, Davi Avelino. Direitos e processos diferenciados de territorialização: os conflitos pelo uso dos recursos naturais no rio Madeira (1861-1932). Tese (doutorado em Sociedade e Cultura na Amazônia) – UFAM, Manaus 2013.
MAC CORD, Marcelo; BATALHA, Claudio H. M. (orgs.). Organizar e proteger: trabalhadores, associações e mutualismo no Brasil (séculos XIX e XX). Campinas: Editora da Unicamp, 2014.
MATTOS, Marcelo Badaró. Trabalhadores e sindicatos no Brasil. São Paulo: Expressão Popular, 2009.
MATTOS, Marcelo Badaró; VEJA, Rubén (orgs.). Trabalhadores e ditaduras: Brasil, Espanha e Portugal. Rio de Janeiro: Consequência, 2014.
MOTTA, Márcia; ZARTH, Paulo (Orgs.). Formas de resistência camponesa: visibilidade e diversidade de conflitos ao longo da História. São Paulo: Unesp, 2008. Vol. 1 e 2.
NEVES, Frederico de Castro. A multidão e a história: saques e outras ações de massas no Ceará. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2000.
PINHEIRO, Paulo Sérgio. Política e trabalho no Brasil: dos anos 20 a 1930. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1975.
RUDÉ, George. A multidão na História: estudo dos movimentos populares na França e na Inglaterra (1730-1848). Rio de Janeiro: Campus, 1991.
Temáticas e conteúdos a serem escolhidos pelo docente responsável pela disciplina.
Temáticas e conteúdos a serem escolhidos pelo docente responsável pela disciplina.
Natureza, cultura e trabalho na história das sociedades amazônicas. Peculiaridades e vicissitudes do processo de ocupação territorial e domínio da força de trabalho em diferentes épocas. Agricultura versus extrativismo: dilemas da produção e do trabalho na Amazônia. Políticas desenvolvimentistas, exploração de recursos e a formação de um operariado industrial na Amazônia. Trabalho, ambiente e modos de vida no “sertão”, vilas e cidades amazônicas. Ruralidades amazônicas, luta pela terra e pelo território.
Bibliografia
ACKER, Antoine. “O maior incêndio do planeta”: como a Volkswagen e o regime militar brasileiro acidentalmente ajudaram a transformar a Amazônia em uma arena política global. Revista Brasileira de História, vol. 34, n. 68, 2014, p. 13-33.
BATISTELLA, Mateus; MORAN, Emilio F.; ALVES, Diógenes (orgs.). Amazônia: natureza e sociedade em transformação. São Paulo: Edusp, 2008.
DEAN, Waren. A luta pela borracha no Brasil: um estudo de História ecológica. São Paulo: Nobel, 1989.
FARAGE, Nádia. As muralhas do sertão: a colonização e os povos indígenas do rio Branco. Rio de Janeiro: Paz e Terra: ANPOCS, 1991.
FUNES, Eurípedes. Nasci nas matas, nunca tive senhor – História e memória dos mocambos do Baixo Amazonas. Tese (doutorado em História) – USP, São Paulo, 1995.
GARFIELD, Seth. In Search of the Amazon: Brazil, the United States and the Nature of a Region. Durham: Duke University Press, 2013.
GOMES, Flávio dos Santos. A hidra e os pântanos: mocambos, quilombos e comunidades de fugitivos no Brasil, (séculos XVII-XIX). São Paulo: Ed. UNESP; Ed. Polis, 2005.
HARDMAN, Francisco Foot. Trem fantasma: a ferrovia Madeira-Mamoré e a modernidade na Selva. 2.ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
HEMMING, John. Fronteira amazônica: a derrota dos índios brasileiros. São Paulo: Edusp, 2009.
HEMMING, John. Naturalists in Paradise: Walace, Bates and Spruce in the Amazon. London: Thames and Hudson Ltd., 2015.
LE TOURNEAU, François-Michel; DROULERS, Martine. L’Amazonie brésilienne et le développement durable. Paris: Belin, 2010.
LOBATO, Sidney. O futuro da Amazônia: horizonte de expectativa de Arthur Reis (década de 1950). Confins, n. 28, 2016, p. 1-16.
MARTINS, José de Souza. Fronteira: degradação do Outro nos confins do humano. 2 ed. rev. e ampl. São Paulo: Contexto, 2009.
NIEBOER, Herman J. Slavery as an industrial system: ethnological researches. The Hage: Martinus Nijhoff, 1900.
OLIVEIRA FILHO, João Pacheco de. O caboclo e o brabo. Notas sobre duas modalidades de força de trabalho na expansão da fronteira amazônica no século XIX. Encontros com a civilização brasileira. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, v. 11, 1979.
História dos modos como os trabalhadores se relacionam com o espaço. Modos de vida, trabalho e deslocamentos no espaço local, regional e global. Lugaridades e dinâmicas transnacionais na História Social. Trabalho, família, redes de contato e deslocamentos. O uso da cartografia e dos Sistemas de Informações Geográficas (SIG) no estudo da História Social. Pobreza, migrações e trabalho. Migrações, diásporas, “desplazados” e tráfico humano: teses e debates sobre o deslocamento humano.
Bibliografia
BATALHA, Cláudio H. M.; SILVA, Fernando T.; FORTES, Alexandre. Culturas de classe. Campinas: Unicamp, 2004.
CASTRO, Lara de. De retirantes a operários: trabalho, resistência e conflitos nas obras contra as secas (1915-1919). Perseu, n. 5, jun. 2010.
FONTES, Paulo. Um Nordeste em São Paulo: trabalhadores migrantes em São Miguel Paulista (1945-66). Rio de Janeiro: FGV, 2008.
KNOWLES, Anne Kelly (ed.). Placing History: how maps, spatial data, and GIS are changing historical scholarship. New York: Esri Press, 2008.
JOSHI, Chitra. Além da polêmica do provedor: mulheres, trabalho e história do trabalho. Revista Mundos do Trabalho, Florianópolis, v. 1, n. 2, p. 147-170, nov. 2009.
LACERDA, Franciane Gama. Migrantes cearenses no Pará: faces da sobrevivência (1889-1916). 2006. Tese (Doutorado em História) – USP, São Paulo, 2006.
LINDEN, Marcel van der. Trabalhadores do mundo: ensaios para uma história global do trabalho. Campinas: Unicamp, 2013.
LINEBAUGH, Peter. A hidra de muitas cabeças: marinheiros, escravos, plebeus e a história oculta do Atlântico revolucionário. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
MARANDOLA Jr., Eduardo; HOLZER, Werdher; OLIVEIRA, Lívia (Orgs.). Qual o espaço do lugar?: geografia, epistemologia, fenomenologia. São Paulo: Perspectiva, 2014.
MENESES, Maria Aparecida. Redes e enredos nas trilhas dos migrantes: um estudo de famílias de camponeses-migrantes. Rio de Janeiro: Relume Dumará, EDUFPB, 2002.
NIEMEYER, Ana Maria; GODO, Emília Pietrafesa (orgs.). Além dos territórios: para um diálogo entre a etnologia indígena, os estudos rurais e os estudos urbanos. Campinas: Mercado das Letras, 1998.
PICHÉ, Victor (dir.). Les théories de la migration. Paris: Ined, 2013.
ROGALY, Ben. Spaces of work and everyday life: labor geographies and the agency of unorganized temporary migrant workers. Geography compass, 3 (6), 2009, p. 1975-1987.
SAVAGE, Mike. Espaço, redes e formação de classe. Revista Mundos do Trabalho. Vol. 3, n. 5, jan.-jun. 2011, p. 06-33.
SAYAD, Abdelmalek. A imigração ou os paradoxos da alteridade. São Paulo: Edusp, 1998.
SECRETO, Maria Verónica. Soldados da Borracha – trabalhadores entre o sertão e a Amazônia no governo Vargas – São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2007
SCOTT, Rebeca J. Small-scale dynamics of large-scales processes. The American Historical Review. Vol. 105, n. 2 (apr. 2000), p. 472-479.
WHITERS, Chales W. J. Place and “Spatial Turn” in Geography and in History. Journal of theHistory of Ideas. Vol. 70, n. 4 (oct. 2009), p. 637-658.