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11 de Setembro: 20 anos depois

 

 

O atentado às torres gêmeas em 2001 teve como consequência a Guerra ao Terror

Na manhã de 11 de setembro de 2001, a programação da TV foi interrompida com a notícia de que um avião havia se chocado contra a torre Norte do complexo industrial World Trade Center (WTC), em Nova York, nos Estados Unidos, às 8h46. De imediato, muita gente supôs ser apenas um triste acidente. Até que, às 9h03, um segundo avião bateu contra a torre Sul, e as manchetes passaram a tratar o episódio como atentado. O ataque que destruiu dois dos principais símbolos do poderio econômico e militar dos Estados Unidos foi o primeiro ao país desde Pearl Harbor, em 1941. O atentado vitimou quase 3.000 pessoas O então presidente dos EUA, George W. Bush, prometeu em pronunciamento à nação caçar e punir “os terroristas que cometeram esses atos e aqueles que os abrigam”. O ataque foi assumido pelo Al Qaeda, comandado por Osama bin Laden.

Outros dois aviões caíram nos minutos seguintes, um deles no Pentágono, centro de planejamento militar do governo em Washington, e outro em uma região desabitada do estado da Pensilvânia. Logo se descobriria que os ataques haviam sido orquestrados pelo grupo terrorista al-Qaeda e executados por 19 militantes, que sequestraram quatro aviões. As aeronaves saíram da costa leste dos Estados Unidos em direção ao outro lado do país. Elas tinham os tanques carregados de combustível para cinco horas de viagem. 

As TVs, que transmitiam ao vivo, mostraram pessoas se jogando de alturas superiores a 200 metros, antes que as torres desabassem, entre 11h e 11h30 (horário brasileiro). Pouco antes, um terceiro avião atingia o Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos EUA. Pela primeira vez na história, todos os voos no país foram suspensos. A sede da ONU e todos os prédios públicos de Washington, incluindo a Casa Branca e o Congresso, foram esvaziados. As fronteiras com o México e Canadá, fechadas. 

Com o atentado, a al-Qaeda desafiava o Ocidente atacando símbolos do poder estadunidense: o World Trade Center, ícone do poder econômico, o Pentágono, centro do poder militar, e a Casa Branca, símbolo do poder político que, ao que tudo indica, seria o terceiro alvo dos terroristas.

Os atentados mataram quase três mil pessoas e levaram os Estados Unidos a declarar a chamada Guerra ao Terror. O primeiro alvo foi o Afeganistão, ainda em 2001, sob a alegação de que o país escondia o mentor dos atentados, o terrorista saudita Osama Bin Laden. Dois anos mais tarde, os Estados Unidos se voltaram contra o Iraque, acusado de abrigar armas de destruição em massa. 

Guerra ao Terror

Bin Laden foi capturado e morto em 2011, mas ainda assim os Estados Unidos mantiveram tropas no Afeganistão por mais dez anos. Uma pesquisa da Universidade Brown estima que mais de 242 mil vidas foram perdidas durante o conflito – entre civis, militares e insurgentes. Segundo a estimativa, ao menos 69 mil civis morreram nos conflitos no Afeganistão e também nas áreas da fronteira com o Paquistão. Os dados são do projeto Costs of War, da Universidade Brown, nos EUA, que reúne mais de 50 acadêmicos, especialistas jurídicos, profissionais de direitos humanos e médicos para avaliar as consequências da presença militar norte-americana em diversos países após o atentado contra as Torres Gêmeas, em setembro de 2001. Se, de um lado, a al-Qaeda saiu enfraquecida após a ofensiva estadunidense, de outro, o Talibã nunca esteve tão forte, e persistem no país graves ameaças aos direitos humanos, em especial aos direitos das mulheres. 

Guerra do Iraque

Entre 2003 e 2011, os Estados Unidos e seus aliados travaram uma guerra com o Iraque, outro desdobramento do 11 de setembro. A justificativa, novamente, foi o combate ao terrorismo. Mas, ao contrário da Guerra do Afeganistão, desta vez, a comunidade internacional não comprou completamente o discurso dos Estados Unidos, e os países se dividiram em relação ao conflito que foi iniciado por motivações polêmicas: o governo norte-americano alegava que o regime do presidente iraquiano Saddam Hussein desenvolvia armas químicas e de “destruição em massa” — fato que nunca foi comprovado. A própria população norte-americana protestou contra a empreitada militar. A Guerra do Iraque teve como uma de suas principais consequências o vácuo de poder no país árabe, o que abriu brechas para o fortalecimento do Estado Islâmico. 

Doutrina Bush

A principal consequência dos ataques de 11 de setembro foi a consolidação da chamada “Guerra ao Terror”, que não estava direcionada a um país específico, mas a uma prática de ação política, com a aprovação de uma série de leis que, em nome do combate ao terrorismo, reduziram a liberdade e a privacidade de cidadãos nos Estados Unidos, especialmente os estrangeiros. Essa prática fez parte de uma doutrina de política externa estadunidense, conhecida também como Doutrina Bush. Em referência ao presidente dos EUA na época dos atentados, George W. Bush, que consistiu uma série de ações políticas, econômicas e militares contra o chamado “eixo do mal”, formado por países de alguma forma considerados uma ameaça aos valores ocidentais, como a democracia e a liberdade individual. Foram definidos, em todo o mundo, novos mecanismos e protocolos de controle nos aeroportos: revista mais minuciosa das bagagens, uso de detector de metal, restrição a líquidos na mala de mão. A tecnologia foi aprimorada para aprofundar o monitoramento, com scanners corporais, detectores de explosivos e outros equipamentos.

2021

Atualmente, o grupo extremista Talibã está novamente sob o controle do Afeganistão, voltando a invadir a capital Cabul logo após a desocupação do território pelo exército norte-americano em 15 de agosto deste ano.

Colaboração de texto: Maison Brito Pereira (Bolsista de Extensão do Escritório Modelo/Rádio e TV UNIFAP, 2021)


ATENÇÃO – As informações, as fotos, imagens e os textos podem ser usados e reproduzidos, integral ou parcialmente, desde que a fonte seja devidamente citada e que não haja alteração de sentido em seus conteúdos. Crédito para textos: Escritório Modelo/Rádio e TV UNIFAP, 2021.

 

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