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Dia Internacional contra o Fascismo e o Antissemitismo

A data alude à noite do dia 9 de novembro de 1938, que ficou conhecida como a Noite de Cristal — início de um dos episódios mais sombrios da história da humanidade: o Holocausto.

O flerte brasileiro com o nazismo e a atual ameaça do neonazismo ao redor do planeta são os principais motivos para destacar o Dia Internacional Contra o Fascismo e o Antissemitismo.

Em 9 de novembro de 1938, a Alemanha Nazista articulou uma ação que incendiou 250 sinagogas e assassinou 91 judeus. O episódio foi o ponto de partida do Holocausto e ficou conhecido como a “Kristallnacht” (Noite dos Cristais), na Alemanha, que representou os primeiros passos da perseguição aos judeus pelos nazistas. A data ficou assim conhecida devido à imensa quantidade de vidros quebrados que cobriam as ruas nas cidades. Nesta noite, tropas alemãs destruíram mais de 8000 casas e lojas judias, incendiaram sinagogas e atacaram judeus por todo o país. 

 

Após esse ato de perseguição, as autoridades não se manifestaram contra os ataques: o Holocausto tomava forma. A discriminação e exclusão aos judeus tornou-se uma política responsável pelo extermínio de 6 milhões, além da tortura e prisão de um número ainda maior. O discurso de ódio e a propaganda nazifascista, que espalhou preconceitos por toda a Europa, foram instrumentos necessários para a ocorrência desse genocídio.

Embora essa data seja lembrado como o início das investidas antissemitas mais violentas na Alemanha nazista a perseguição institucional aos judeus teve início muito antes disso. Logo quando assumiu o controle do país em 1933, Hitler tratou de criar uma série de leis e políticas antijudaicas, que dificultavam o acesso dessa população a serviços de saúde e educação, anulava sua cidadania alemã, a proibia de exercer cargos públicos e até de casar-se com outros alemães que não fossem também judeus.

A crescente retirada de direitos levou muitos a abandonarem o país nos anos seguintes. Em agosto de 1938, as autoridades alemãs decidiram que estrangeiros, entre eles os judeus nascidos na Alemanha mas de outras origens, deveriam deixar o país. Deixando para trás suas casas, negócios e a maior parte dos seus pertences, cerca de 12 mil judeus poloneses foram levados até a fronteira com a Polônia, onde também eram impedidos de entrar. 

A estimativa de judeus que foram mortos durante o Holocausto, segundo os historiadores é de entre 5 milhões e 6 milhões de vitimas. 

Estima-se que atualmente existam cerca de 400 mil sobreviventes do Holocausto no mundo, muitos na faixa dos 80 a 90 anos. Por isso, há uma grande preocupação entre os historiadores de que quando todas essas vítimas falecerem, também sumam com elas testemunhos valiosos e viscerais sobre aquele momento histórico.

Por isso, vários museus e memoriais pelo mundo buscam desenvolver técnicas para manter viva essa memória, como o uso de gravações dos testemunhos. Como é o caso do O Museu do Aljube Resistência e Liberdade é dedicado à memória do combate à ditadura e à resistência em prol da liberdade e da democracia.

Curiosamente o dia 9 de novembro marca também a queda do muro de Berlim, em 1989.

O neonazismo é o resgate do nazismo na atualidade, mas com uma face repaginada, a fim de ter mais sintonia com a época atual. Continuam as ideias nazistas, como a do racismo, do nacionalismo, do antissemitismo e do anticomunismo. E os principais alvos de discriminação continuam sendo os mesmos de 38, os judeus, mas agora com o acréscimo: de comunistas, índios, negros e homossexuais. Porém o grande diferencial do neonazismo é o uso de outra abordagem para a disseminação de suas ideias. Já que quando defendem suas ideias ao clamar por uma “salvação nacional”, considerando-se “libertadores” que valorizam a pátria e dela se orgulham. Os neonazistas são chamados de negacionistas. A maioria dos grupos neonazistas nega que o Holocausto existiu.

Dessa forma, a luta contra o fascismo não pode ser nunca relativizada. Em tempos em que se percebe a replicação de discursos preconceituosos e opostos aos direitos humanos, é preciso olhar para o passado e combater o fascismo em sua raiz.

 

Colaboração de texto: Izabele Pereira (Bolsista de Extensão do Escritório Modelo/Rádio e TV UNIFAP, 2022)
Revisão de texto: Marcela Souza (Bolsista de Extensão do Escritório Modelo/Rádio e TV UNIFAP, 2022)


ATENÇÃO – As informações, as fotos, imagens e os textos podem ser usados e reproduzidos, integral ou parcialmente, desde que a fonte seja devidamente citada e que não haja alteração de sentido em seus conteúdos. Crédito para textos: Escritório Modelo/Rádio e TV UNIFAP, 2022.

 

 

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