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Pesquisadores da UNIFAP utilizam tecnologia estrangeira para minimizar impactos na saúde mental

 

 

Aparelho REAC pode ajudar no tratamento de doenças incuráveis e auxiliar com danos emocionais decorrentes da pandemia. UNIFAP é pioneira da pesquisa no Brasil.

Em parceria com o Instituto Rinaldi Fontani (IRF), da Itália, a Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) promove pesquisa voltada a ampliação do uso e estudo da tecnologia REAC, no tratamento de doenças como Mal de Parkinson, Alzheimer e transtornos referentes à saúde mental. A UNIFAP é a primeira instituição pública a receber o aparelho, sendo responsabilidade do Núcleo de Pesquisa em Neuropsicofisiopatologia Adaptativa da UNIFAP.

O REAC (Radio Electric Asymmetric Conveyer ou, em português, Conversor Radioelétrico Assimétrico) é uma tecnologia de correntes elétricas artificiais no sistema nervoso, usada para tratar sintomas e sequelas que o corpo adquire quando estressado ou doente. O desenvolvimento de uma terapia clínica não farmacológica pode revolucionar o tratamento de doenças sem cura, como Mal de Parkinson e Alzheimer, além de apresentar uma opção alternativa para pessoas que lidam com depressão e ansiedade. 

O professor e médico italiano Salvatore Rinaldi, fundador do IRF e detentor da patente do aparelho REAC, entregou a tecnologia pessoalmente para a UNIFAP em julho de 2019. A universidade foi selecionada devido a sua disponibilidade de atuar em prol da sociedade, assim, os participantes da pesquisa recebem aplicação e todos os benefícios da terapia, que já apresenta êxitos, gratuitamente 

A enfermeira e mestra em Ciências da Saúde, membro do grupo de pesquisa Neuropsicofisiopatologia Adaptativa da UNIFAP, Larissa Duarte Ferreira, explica a parceria entre a universidade e o IRF:

“Os professores mostraram interesse no estudo da tecnologia e o criador do REAC Salvatore Rinaldi ficou interessado no potencial de pesquisa da UNIFAP. É um assunto novo e pouco explorado, existem pesquisas fora do país e alguns estudos com brasileiros, a UNIFAP é a primeira universidade a utilizar o REAC para pesquisas. É um foco novo, uma terapia nova, fácil de aplicar e que usa a autocura”, explica a profissional.

Aplicação do tratamento REAC Fotos por: Rebeca Góes (Integrante do Núcleo de Pesquisa em Neuropsicofisiopatologia Adaptativa)

 

Apesar do pioneirismo do trabalho realizado e da facilidade de uso da tecnologia, a pesquisadora também compartilha as dificuldades do avanço da pesquisa científica no cenário da pandemia.

“Foi bem difícil, porque as sessões precisam ser presenciais, mesmo que a aplicação seja em segundos. As quarentenas atrapalharam o estudo e causou que algumas pessoas parassem de acompanhar o progresso da tecnologia, assim perdemos participantes da pesquisa”, comenta Larissa. 

Porém, o cenário pandêmico também ajudou a evidenciar para os pesquisadores a necessidade do desenvolvimento de métodos para zelar pela saúde mental da população. 

“O REAC, no contexto da pandemia, foi um dos protocolos para tratamento de estresse, depressão e ansiedade. Tanto quem não pegou como quem pegou COVID, de certa forma teve o psicológico afetado e a neuromodulação REAC também age nisso.” pontua a cientista. 

 Saúde mental e SUS

O desenvolvimento de qualquer técnica para amenizar os efeitos do deterioramento da saúde mental do amapaense é bem-vindo. De acordo com dados fornecidos pelo SUS, o Amapá já liderou as estatísticas de suicídio do país inúmeras vezes. Inclusive, o Ministério da Saúde liberou mais de R $233,5 mil para municípios do Amapá ampliarem os atendimentos em saúde mental durante a pandemia da Covid-19, visando minimizar o impacto emocional provocado pela quarta onda do vírus. 

É preciso enfatizar que saúde mental raramente depende somente de questões individuais.  Pode ser influenciada por fatores externos como instabilidade econômica, opressão estrutural, insegurança alimentar e falta de acesso ao lazer. Terapias e medicamentos, mesmo com acesso facilitado, não podem resolver o adoecimento causado por questões sociais, fora do controle da população, e verbas federais disponibilizadas para resolução dessas questões também são investimentos em saúde mental. 

Mesmo assim, pesquisas científicas com objetivo de encontrar formas alternativas de tratamento para estresse, depressão e ansiedade são essenciais para a população que busca alívio. Os resultados do Projeto REAC já são exemplos disso. A professora Joelma de Souza Duarte, de 49 anos, foi uma das voluntárias para a pesquisa, realizando as sessões de tratamento com tecnologia REAC. 

Aplicação do tratamento REAC Fotos por: Rebeca Góes (Integrante do Núcleo de Pesquisa em Neuropsicofisiopatologia Adaptativa)

 

”Participei porque a proposta do tratamento me surpreendeu, já optei por massagens e relaxamentos através de música que não tiveram muita diferença, então tentei ele (REAC) para curar algumas dores corporais e estresse que estou sentindo. Foi simples e indolor e a diferença foi gritante! Eu tive alívio das dores e dormi bem de uma maneira que não conseguia há muito tempo. O tratamento foi muito bom para mim”, afirma a professora.

Para outras informações sobre o Projeto REAC e sua atuação no Amapá, acessar @REAC.Unifap disponível nas redes sociais.

 

Colaboração de texto: João Pedro Duarte Ferreira, José Paulo Moura e Giovanna Moramay Salgado Lins (Alunos da disciplina Redação e Reportagem 2, sob orientação do Professor Paulo Giraldi para o Projeto de Extensão do Escritório Modelo/Rádio e TV UNIFAP, 2022)


ATENÇÃO – As informações, as fotos, imagens e os textos podem ser usados e reproduzidos, integral ou parcialmente, desde que a fonte seja devidamente citada e que não haja alteração de sentido em seus conteúdos. Crédito para textos: Escritório Modelo/Rádio e TV UNIFAP, 2021.

 

 

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