A Rede Bionorte tem a honra de convidar toda a comunidade acadêmica e científica para prestigiar o exame de qualificação do discente “HUANN CARLLO GENTIL VASCONCELOS” com tema intitulado “ESTRUTURA DE COMUNIDADE, DIETA E PARASITISMO EM TAXOCENOSE DE ANUROS DO PARQUE NACIONAL MONTANHAS DO TUMUCUMAQUE, AMAZÔNIA BRASILEIRA”.
O exame de qualificação ocorrerá no dia 26/03/2025 às 15h, em formato virtual no link https://meet.google.com/twt-chwp-gsh
O Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque (PNMT) é a segunda maior Unidade de Conservação do Brasil e está inserido na Amazônia Brasileira, compondo um importante corredor de biodiversidade. A classe Amphibia apresenta grande diversidade, com cerca de sete mil espécies válidas distribuídas entre três ordens: Anura (sapos, rãs e pererecas), Caudata (salamandras e tritões) e Gymnophiona (cecílias e cobras-cegas). Apesar dessa diversidade, os anfíbios encontram-se em declínio global, devido à sua sensibilidade às alterações ambientais e outros fatores. Este estudo tem como objetivo inventariar a taxocenose de anuros no PNMT, caracterizando a estrutura da comunidade, a ecologia trófica e as relações parasito-hospedeiro. As amostragens foram realizadas em oito excursões, distribuídas equitativamente entre os períodos seco e chuvoso, em três trilhas de cinco quilômetros. A captura ocorreu por busca ativa e percepção auditiva. Os espécimes coletados foram triados e acondicionados separadamente por trilha amostrada. Para cada exemplar, registraram-se o habitat de captura, presença de atividade de vocalização, horário, posição em relação ao sítio de vocalização, substrato utilizado, altura em relação ao poleiro e à superfície, além da distância do sítio de vocalização até o corpo d’água. Os dados biométricos, como comprimento rostro-cloacal (CRC) em milímetros e peso total (Pt) em gramas, foram mensurados com auxílio de paquímetro digital e pesola, respectivamente. Sexo, conteúdo estomacal e inspeção macroscópica parasitária foram determinados após celiotomia dos espécimes. A estrutura da comunidade foi analisada por meio dos seguintes descritores de diversidade: riqueza (S’), índice de diversidade de Shannon-Wiener (H’), equitabilidade de Pielou (J’), dominância de Simpson (D’) e constância de Dajoz (C>50: constante; 25≤C≤50: acessória; C<25: acidental; C=0: ausente). A ecologia trófica foi investigada por meio do índice de importância alimentar (IAi), frequência de ocorrência (FO), sobreposição alimentar e amplitude de nicho trófico. A comunidade parasitária foi caracterizada pelos valores de riqueza parasitária, prevalência, intensidade média, abundância média, frequência de dominância e fator de condição relativo. Testes não paramétricos foram empregados para avaliar diferenças entre os descritores de diversidade nas escalas espacial e temporal, bem como para comparar os dados biométricos entre sexos. Esses testes também foram utilizados para verificar diferenças na abundância parasitária entre hospedeiros e sexos. Análises de agrupamento foram aplicadas para verificar padrões de composição da comunidade de anuros entre diferentes fisionomias. Correlações lineares simples foram realizadas para examinar possíveis relações entre variáveis ambientais e os descritores de diversidade. Até o momento, foram registradas 30 espécies de anuros pertencentes a nove famílias, elevando para 66 o total conhecido na região. A família Hylidae apresentou a maior riqueza e abundância. A distribuição espacial dos anuros segue um padrão agregado, sugerindo que a disponibilidade de recursos influencia sua distribuição. A maioria das espécies foi registrada no período noturno, corroborando padrões descritos para anuros tropicais. Os resultados indicam que o PNMT abriga uma rica diversidade de anuros, ressaltando sua relevância para a conservação da herpetofauna e da biodiversidade amazônica. Os dados referentes à dieta e aos helmintos ainda estão em processo de análise.
Palavras-chave: Anurofauna. Descritores de diversidade. Sobreposição alimentar. Sanidade.
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Fonte: autor