PPGED desenvolve atividade de formação sobre Educação e Território nas Amazônias

A atividade ocorreria originalmente no âmbito da Disciplina “Educação, Poder e Território na Amazônia” do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGED) da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP). Entretanto, foi incorporada à agenda da greve, conforme deliberação ocorrida em Assembleia do Sindicato dos Docentes da UNIFAP, como uma formação aberta.

A atividade foi coordenada pelos docentes da disciplina, Prof. Albert Alan de Sousa Cordeiro (PPGED/UNIFAP), Profa. Débora Mate Mendes (PPGED/UNIFAP) e Profa. Eliane Cabral da Silva (PPGEO/UNIFAP).

Da esquerda para direita: Eliane Cabral, Albert Alan, Bruno Malheiro e Débora Mate.

Foto: Samara Alencar

A formação contou com dois momentos complementares, primeiramente, nos dias 04 e 05, no auditório do curso de Engenharia Elétrica da UNIFAP, ocorreu uma roda de conversa que debateu os impactos dos modelos predatórios de desenvolvimento aplicados na Amazônia à biodiversidade, aos povos indígenas e populações tradicionais. Discutiu-se também como os modos de vida dos povos indígenas tem indicado caminhos à superação dos problemas sociais, ambientais, políticos e econômicos que a predação capitalista promoveu na região. Encerrando a primeira etapa da formação, foi exibido o documentário “Pisar suavemente na terra”, longa-metragem co-roteirizado pelo professor Bruno Malheiro e que acompanha a jornada de três lideranças ambientais na luta contra a devastação ambiental na Amazônia Brasileira e Peruana.

Foto: Carlos Gabriel Ramos Ramalho

Finalizando, no dia 06 ocorreu a visita à Escola Família Agrícola do Pacuí. O intuito foi apresentar aos cursistas uma iniciativa amapaense de educação vinculada ao território, que auxilia na formação para o trabalho com a terra, mas mantendo o equilíbrio ambiental, que alia a formação científica com os conhecimentos desenvolvidos pelas populações amazônicas, fortalecendo a economia local, sem abrir mão de estabelecer uma relação harmoniosa com a biodiversidade.

Foto: Fausto Suzuki

A formação foi muito rica e debateu possíveis alternativas ao campo da educação, constituídas a partir dos horizontes éticos das populações amazônicas, em especial, dos povos indígenas, pensando processos de formação humana baseados no respeito a todas formas de vida, nos direitos da natureza, na valorização da diversidade cultural e na solidariedade entre os povos.