O programa piloto atende à Pessoas Vivendo com HIV/AIDS na UBS da Unifap desde o final do ano passado, a falta de procura preocupa a coordenação do Programa devido ao alto índice de novos casos.
Em 2021, o Amapá registrou 338 novos casos de HIV/Aids. Comparado com o ano de 2020, que fechou com 268 casos, houve aumento de mais de 26% nos diagnósticos, como apontam os dados do (SAE/CTA). Acerca da realidade local, a Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA) implantou o programa em saúde Linha de Cuidado Integral a PVHIV (Pessoa Vivendo com HIV/AIDS). O serviço, inaugurado em dezembro de 2021, é inédito no município de Macapá, tendo a unidade básica de saúde da Unifap como sede piloto do programa. Entretanto, segundo a SEMSA, a linha não está com procura satisfatória.
O coordenador de Infecções Sexualmente Transmissíveis do município comenta que o atendimento à Pessoa Vivendo com HIV/AIDS é totalmente sigiloso e respeita a integridade do paciente.
“A Pessoa Vivendo com HIV/AIDS pode se apresentar à sala de acolhimento da unidade sem a necessidade da exposição da sua condição de saúde na recepção, ou a qualquer outro profissional que não seja o da sala de acolhimento. O paciente entra no fluxo de atendimento da unidade junto aos outros sem distinção de comorbidade para assim preservar o seu direito ao sigilo. Este atendimento é realizado de forma humanizada e garantindo qualificação no serviço ofertado”, explica Fernando Oliveira, coordenador de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA).
Foto: Ascom/ Sesa
Programa Pessoa Vivendo com HIV/Aids (PVHIV)
A linha de cuidado para as pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHIV) conta com um redirecionamento dos processos e relações de trabalho entre diferentes pontos de atenção básica. O serviço envolve atendimento multidisciplinar com médico, enfermeiro, nutricionista, psicólogo, entre outros profissionais. Contempla também consultas regulares para controle do TCD4+ e da carga viral, com o objetivo de atender de forma resolutiva as necessidades de saúde dessas pessoas.
Inauguração do Programa PVHIV no auditório do curso de medicina na Unifap (Foto: Abel Neto/SEMSA)
Transmissão
A principal forma de transmissão do HIV é o sexo sem preservativo. Qualquer relação sexual desprotegida está suscetível a contaminação pelo vírus, que pode levar à AIDS. Outra forma é em contato com o sangue infectado, acontece através do uso de seringa por mais de uma pessoa ou de instrumentos cortantes não esterilizados. A gestante com HIV também pode transmitir a doença para o filho durante a gravidez, no parto ou na amamentação com o leite materno infectado, por meio da transmissão vertical.
Conhecer o quanto antes a sorologia positiva para o HIV aumenta muito a expectativa de vida de uma pessoa que vive com o vírus. Quem se testa com regularidade, busca tratamento no tempo certo e segue as recomendações da equipe de saúde ganha muito em qualidade de vida.
“Deve haver sempre a preocupação quando se trata de HIV. O Amapá em comparação ao restante do país está acima do esperado em relação a taxa de infecções sexualmente transmissíveis, a nossa taxa de HIV está com uma prevalência alta em relação aos outros estados. Estamos acima da média nacional. Temos que intensificar as campanhas de prevenção ao HIV e sensibilizar as pessoas a usar preservativos nas relações”, destacou o coordenador.
(Foto: Agência Brasil / Reprodução)
Sintomas
O vírus apresenta diversos sintomas no corpo humano e podem ser atribuídos a outras enfermidades. A confusão torna difícil descobrir a doença sem realizar o teste. Febre baixa, perda de apetite, perda de peso, dor de cabeça, cansaço excessivo, garganta inflamada, dores nas articulações, diarreia e sudorese noturna estão entre os sintomas mais comuns da infecção por HIV.
Como fazer o teste
A testagem pode ser feita na unidade de saúde da Unifap. Caso o resultado seja positivo, o paciente é encaminhado ao SAE/CTA. O teste é refeito na Assistência Especializada, além de serem realizadas outras consultas que objetivam conhecer as particularidades de cada caso e assim realizar a medicação adequada. Porém, o acompanhamento pode ter continuidade na unidade piloto.
Tratamento
Os medicamentos antirretrovirais impedem a multiplicação do HIV no organismo, ajudando a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico. A medicação aumenta o tempo e a qualidade de vida da pessoa PVHIV e reduz as internações por infecções. O SUS distribui gratuitamente antirretrovirais.
SERVIÇO:
Programa Linha de Cuidado Integral a PVHIV (Pessoa Vivendo com HIV/AIDS)
Funcionamento: de segunda a sexta, de 08:00 às 11:00 e das 14:00 às 17:00.
Documentação necessária: RG e Cartão do SUS.
Colaboração de texto: Maison Brito Pereira(Aluno da disciplina Redação e Reportagem 2, sob orientação do Professor Paulo Giraldi para o Projeto de Extensão do Escritório Modelo/Rádio e TV UNIFAP, 2022)
Revisão: Marcela Souza (Bolsista de Extensão do Escritório Modelo/Rádio e TV UNIFAP, 2022)
ATENÇÃO – As informações, as fotos, imagens e os textos podem ser usados e reproduzidos, integral ou parcialmente, desde que a fonte seja devidamente citada e que não haja alteração de sentido em seus conteúdos. Crédito para textos: Escritório Modelo/Rádio e TV UNIFAP, 2021.
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