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Curso de Pedagogia da UNIFAP realiza evento sobre as representatividades Griôs da Amazônia Amapaense

Além de exposições artísticas, o seminário virtual realizado pelo curso de Pedagogia do Campus Santana da UNIFAP também objetiva promover debates sobre Negritude, Representatividade e Ancestralidade. 

O curso de Pedagogia da Universidade Federal do Amapá — Campus Santana realiza a 5ª Edição da Consciência Negra. A programação que faz parte do mês da Consciência Negra. 

Esse ano, a coordenação e organização do evento fica por conta do Projeto de Extensão Ensino de História e Pedagogia Griô, coordenado pelo Prof. Dr. Raimundo Erudino Diniz, com a colaboração da Profa. Dra. Clícia Tatiane Alberto Coelho (Pedagogia), e das discentes de pedagogia Elane Pereira Santana, Adriele Freitas Borges, Fernanda Lima Bastos, Aline Duarte, Emanuelle Yasmin  e Taline do Carmo da Silva.

Trazendo como tema a Representatividade Griôs da Amazônia Amapaense, o evento acontecerá nesta quinta-feira, 25 de novembro, através de transmissão ao vivo na plataforma Google Meets, às 18h40. Os interessados poderão participar através do link de transmissão que será disponibilizado às 18h10.

O evento contará com a presença de vários acadêmicos artistas, exposições de arte e fotografia, além de ter certificação de 3hrs para quem se inscrever no seminário virtual.

 

Arte, Representatividade e Memória 

A artista visual e fotógrafa Maria Paula Marques, uma das participantes do seminário com a exposição fotográfica “Foto-bordado GRIÔ”, relatou que ficou muito contente com o convite para participar na programação. 

“Acredito que as obras da exposição Griô falam por uma perspectiva das visualidades sobre o cotidiano da comunidade negra da Vila do Carmo, do Macacoari, e penso que precisamos ampliar nosso conhecimento sobre a territorialidade na Amazônia negra amapaense”, comentou a artista. 

Ainda segundo Maria Paula,”O Griô é aquele que perpétua tradições e conhecimentos. Nas obras trago a imagem desses griôs da comunidade do Carmo. Desde crianças, mães com seus filhos na volta da pesca ou pessoas idosas em frente a suas casas”. A arista também relatou que, durante o processo de escolha das fotografias para a exposição, acabou tendo a triste notícia de que uma das pessoas que aparecem nas suas fotos havia falecido de Covid-19. Tendo isso em vista, Maria resolveu fazer em sua exposição uma instalação também em homenagem ao Senhor Veridiano. 

A instalação se chama “in memoriam” e, além de ser uma homenagem, é também uma arte política que possui o objetivo de abrir reflexões sobre quantas cadeiras, usualmente utilizadas por pessoas idosas na frente de suas casas, foram desocupadas por descaso do governo durante a pandemia do covid-19.

“in memoriam” Foto/Imagem:Arquivo pessoal da artista Maria Paula Marques. 

Sobre a construção do evento 

A 5ª Edição da Consciência Negra é fruto de um trabalho que vem sendo desenvolvido desde 2016, através do Projeto de Extensão Ensino de História e Pedagogia Griô, coordenado pelo Prof. Dr Raimundo Erudino Diniz, juntamente com as turmas do Curso de Pedagogia da UNIFAP — Campus Santana. Segundo a discente Adriele Freitas, para a construção do evento foram realizadas reuniões com os colaboradores dos eventos anteriores do projeto. Durante estas reuniões de organização, foram sistematizadas cada etapa do evento e distribuídas responsabilidades para cada membro da organização — docentes e discentes do curso de Pedagogia do Campus Santana. 

 

Importância da 5ª edição da Consciência Negra 

Segundo uma das coordenadoras do evento, a discente de Pedagogia Adriele Freitas Borges, o seminário objetiva conscientizar e ensinar em relação às políticas de inclusão, diversidade e educação antirracista ao propor um debate sobre a recuperação de memórias e saberes africanos e afrobrasileiros, em uma região majoritariamente de população negra, e a valorização das representatividades Griôs da Amazônia Amapaense.

Além disso, o Seminário busca mostrar aos participantes a história e a cultura africana e afrobrasileira. Os debates pretendem favorecer uma nova mentalidade acadêmica, mais sensível às questões étnico-raciais, como afirma Adriele Freitas: “Uma parcela do processo formativo acadêmico deve está relacionado a necessidade dos discentes em formação conhecerem essas identidades coletivas e movimentos sociais, pois, mesmos depois de formados, atuarão nesses espaços afro-diaspóricos”.

Outra discente de Pedagogia, Elane Pereira Santana, que também está por trás da construção do evento, explica que o maior objetivo é permitir que a comunidade acadêmica problematize e entenda suas ancestralidades e memorias históricas e reproduzam no ambiente acadêmico e de trabalho ações concretas de recuperação da memória histórica, local e regional.

A escolha para montar a programação se deu através de convites realizados a uma rede de docentes e discentes colaboradores que fazem parte, ou não, do projeto de extensão Ensino de História e Pedagogia Griô, além da presença de lideranças de comunidades, afros religiosos e quilombolas. 

Foto/Imagem: Instagram @dri._.freitas

Programação 

  • 18h40 — Abertura do evento. Mediação: Prof. Dr. Raimundo Diniz (UNIFAP) e Prof. Dra. Clícia Coelho (UNIFAP);
  • Exposição fotográfica: “Foto-bordado GRIÔ” — Maria das Dores do R. Almeida (AMNB/IMENA/NAB) — Curadora da exposição fotográfica; Maria Paula Marques (UNIFAP) — Artista Visual / Expositora fotográfica;
  • 19h00 — Diversidade e Representatividade Afroreligiosa. Pai Marcos Oloyê Orixá Ylê AŞE IBI OLUFONNIN (Comunidade Religiosa de Matriz Africana Ylê AŞE IBI OLUFONNIN) — Palestrante;
  • 19h20 — Negritude, Mobilizações e Conquistas. Josilana da Costa Santos (Associação Quilombola de Santa Luzia do Maruanum /AP – AJOMPROM) — Palestrante;
  • 19h40 — Educação, identidade e Território. Isis Tatiane da Silva dos Santos (Associação de Mulheres Mãe Venina do Quilombo Curiaú /AP) — Palestrante;
  • 20h00 — Debate. Mediação da Mesa: Prof. Dr. Raimundo Diniz (UNIFAP) e Profa. Dra. Clícia Coelho (UNIFAP);
  • 21h20 — Exposição Fotográfica. Os “cavaleiros africanos”: festa, batalha, circuitos sociais e a benção de São Tiago e São Jorge, os guerreiros na Amazônia — Fernanda Bastos (UNIFAP) – Artista visual / Expositora Fotográfica; José Luis Leal (UNIFAP) — Professor e Sociólogo / Expositor Fotográfico;
  • 21h30 — Encerramento.

Para realizar a sua inscrição e garantir a certificação, clique aqui

 

Colaboração de texto: Izabele Pereira (Bolsista de Extensão do Escritório Modelo/Rádio e TV UNIFAP, 2021)


ATENÇÃO – As informações, as fotos, imagens e os textos podem ser usados e reproduzidos, integral ou parcialmente, desde que a fonte seja devidamente citada e que não haja alteração de sentido em seus conteúdos. Crédito para textos: Escritório Modelo/Rádio e TV UNIFAP, 2021.

 

 

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