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Burnout: a síndrome do esgotamento profissional

A pandemia do covid-19 e a síndrome de burnout. Como percebê-la em tempos de excesso de trabalho, estudo e pandemia? 

Durante a pandemia da COVID-19, outra doença relativamente jovem também tem ganhado espaço: a Síndrome de Burnout.

O emocional das pessoas durante o ano de 2020 foi fortemente abalado pelo isolamento social, as incertezas do futuro, a pressão para alcançar resultados e, principalmente, as dificuldades do trabalho e estudo remotos. Entre outros pontos, a dupla jornada de trabalho, devido ao home office, trouxe uma sobrecarga de tarefas que, fundida às tarefas diárias de casa, pode desencadear a Síndrome de Burnout. Apesar de ter sintomas parecidos com os de ansiedade e depressão, a síndrome pode ser desencadeada por um comportamento perfeccionista em relação ao trabalho, sobrecarga de horários e pressão. 

A Síndrome de Burnout, ou Síndrome do Esgotamento Profissional, é um distúrbio psíquico descrito em 1974 por Freudenberger, um médico americano, e está registrada no grupo 24 do CID-11 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde), além de ter sido incluída também na Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019, em uma lista que entrará em vigor em 2022. Segundo ainda uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que analisou o impacto da pandemia e do isolamento social na saúde mental de trabalhadores essenciais, os sintomas de ansiedade e depressão afetam 47,3% desses trabalhadores durante a pandemia, no Brasil e na Espanha. 

O sintoma típico da síndrome de burnout é a sensação de esgotamento físico e emocional que se reflete em atitudes negativas, como: ausências no trabalho, agressividade, isolamento, mudanças bruscas de humor, irritabilidade, dificuldade de concentração, lapsos de memória, ansiedade, depressão e baixa autoestima. Há alguns outros comportamentos que podem ser sinais de burnout, como trabalhar em horários fora do expediente, se dedicar à preparação do trabalho aos finais de semana e o afastamento do convívio social.  Além disso, dor de cabeça, enxaqueca, cansaço, sudorese, palpitação, pressão alta, dores musculares, insônia, crises de asma e distúrbios gastrintestinais também são manifestações físicas que podem estar associadas à síndrome. 

Segundo o Drº Drauzio Varella, em seu episódio de podcast sobre a síndrome, o diagnóstico é feito através de um levantamento da história do paciente, seu envolvimento e realização pessoal no trabalho, onde o mesmo responde perguntas psicométricas de um questionário baseado na Escala Likert, o qual ajuda a estabelecer o diagnóstico.

O desgaste profissional chegou até mesmo nas maiores estrelas do mundo pop, e com mais frequência nos últimos anos. Nomes como Beyoncé — que em 2011 precisou cancelar shows e tirou um ano de folga exclusivamente para se tratar psicologicamente —, Rihanna e Ariana Grande também já admitiram que vivenciam o mesmo problema.  A atriz Angelina Jolie e o cantor sul-coreano Kim Taehyung — também conhecido como V —, membro do maior boygroup da atualidade, o BTS, também já falaram publicamente sobre o estresse e desgaste profissional em suas redes sociais, e usaram suas plataformas para revelar não somente que sofrem de esgotamento profissional, como também incentivar quem está na mesma situação a buscar ajuda profissional, além de enfatizar a importância do cuidado com a saúde mental. 

O tratamento da síndrome de burnout é muito similar a de outros transtornos mentais, como a depressão e ansiedade, e inclui o uso de antidepressivos e psicoterapia. Atividades físicas regulares e exercícios de relaxamento também são altamente recomendados pelos médicos para ajudar a controlar os sintomas.

Além disso, o SUS possui de forma gratuita tratamento para essa e outras síndromes relacionadas a transtornos mentais.

Caso você esteja passando por um momento difícil e tenha se identificado com os sintomas de Bornout, recomendamos que você busque a UBS mais próxima de você que ofereça serviços psicológicos com um profissional.

Colaboração de texto: Izabele Pereira (Bolsista de Extensão do Escritório Modelo/Rádio e TV UNIFAP, 2021)


ATENÇÃO – As informações, as fotos, imagens e os textos podem ser usados e reproduzidos, integral ou parcialmente, desde que a fonte seja devidamente citada e que não haja alteração de sentido em seus conteúdos. Crédito para textos: Escritório Modelo/Rádio e TV UNIFAP, 2021.

 

 

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