Núcleo de Acessibilidade e Inclusão analisa a inclusão na universidade, por meio de pesquisa on-line.
O Núcleo de Acessibilidade e Inclusão da UNIFAP disponibiliza questionário eletrônico para alunos e colaboradores da Universidade, com objetivo de entender o ambiente inclusivo da instituição. Essa é a proposta do Projeto de Extensão “Incluir: ato de amor e respeito ao próximo”, para construção de um ambiente acadêmico sem estigmas.
O Projeto “Incluir: ato de amor e respeito ao próximo” busca conhecer o espaço universitário para aprimorar suas ações e amparar principalmente os alunos com necessidades especiais. O questionário eletrônico auxilia na identificação dos alunos com deficiência e dificuldades, como o TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), uma das alternativas do questionário, sendo uma realidade entre alunos da UNIFAP. Essa doença crônica ainda é pouco debatida nas instituições de ensino e desconhecida entre o ambiente acadêmico.
De acordo com a coordenadora do Projeto, Suelen Da Luz, a pesquisa surgiu com a necessidade de ajudar os discentes que enfrentam dificuldades de inclusão na universidade, principalmente alunos com TDAH, que passam despercebidos.
“Espera-se com esse projeto proporcionar um ambiente mais acolhedor e inclusivo para os acadêmicos com deficiência, visando sua permanência no ensino superior, assim como prestar apoio e orientações concernentes à inclusão, aos professores, técnicos, alunos e familiares que necessitarem. Por meio de conversas, reuniões, sensibilizações, tentar ‘desmistificar’ a deficiência, incentivando a desconstrução de preconceitos para que, a partir de uma nova visão mais inclusiva, enxerguemos cada pessoa para além da sua dificuldade ou diferença, reconhecendo-a como pessoa com direitos, deveres, expectativas e sonhos”, explica a coordenadora.
Relatos e vivências
Na visão do acadêmico de Engenharia Elétrica, Rhayan Teles, o ambiente acadêmico é despreparado para auxiliar discentes com TDAH, e durante o ensino remoto dificultou mais a inclusão dos alunos com déficit de atenção: “Frustrado talvez. Talvez pelo pouco conhecimento ou falta de preparo, ambos não relativizam o fato”, declara.
“Quando eu apresento dificuldades em me concentrar, não paro sentado, tenho dificuldades em lidar com horários, inquietação, pessimismo, sempre desviando o olhar de onde há movimentos. Entendendo que os discentes não tenham capacidade cognitiva e linguística para lidar com alguém com o transtorno como eu. Porém, necessito de algo a mais para se situar no ambiente escolar, pois possuo dificuldade de manter a atenção, principalmente em aulas onde não tem nenhum lúdico.” explica o acadêmico de Jornalismo, Augusto de Souza.
Colaboração de texto: Fernando Tavares, Flávio Sousa, Eloani Gemaque e Cláudio Reis (Alunos da disciplina Redação e Reportagem 2, sob orientação do Professor Paulo Giraldi para o Projeto de Extensão do Escritório Modelo/Rádio e TV UNIFAP, 2021)
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