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Você conhece a real importância de responder às perguntas do Censo 2022?

O Censo do IBGE ocorre a cada 10 anos, e o último realizado no país foi em 2010. Por conta da pandemia de Covid-19 e dos cortes orçamentários, a pesquisa foi adiada para 2022. Mas e você, sabe qual é a importância de responder ao Censo? Nesta matéria, nós te ajudamos a compreender o que é e para que servem as perguntas do recenseador. 

O Censo Demográfico é a principal fonte de referência para conhecer as condições de vida da população. É através dele que temos acesso aos dados que refletem a realidade do país. No Brasil, ele é realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através dos recenseadores, que são as pessoas que passam de casa em casa para fazer essa pesquisa e entender o que está acontecendo com a maioria da população. O IBGE é um instituto público da administração federal brasileira, criado em 1934 e instalado em 1936 com o nome de Instituto Nacional de Estatística.

Vale ressaltar que, apesar do recenseamento realizado em 1872 ser considerado o primeiro feito no Brasil, no ano de 1808 também tivemos um censo. Entretanto, ele não é tido como o primeiro pelas supostas falhas no processode contagem da população, visto que o interesse da pesquisa era predominantemente para recrutamento militar. 

O estatístico Mario Augusto Teixeira de Freitas foi o fundador do IBGE e grande incentivador do mesmo. O que poucos sabem é que o atual nome do instituto é datado de 1938. No entanto, o primeiro órgão brasileiro destinado exclusivamente às atividades estatísticas foi a Diretoria Geral de Estatísticas (DGE), criada ainda no Brasil Império, responsável por realizar o primeiro censo demográfico brasileiro, no ano de 1872.

É importante ressaltar que, apesar do recenseamento realizado em 1872 ser considerado o primeiro feito no país, no ano de 1808 também tivemos um censo. No entanto, tal pesquisa não é tida como pioneira por conta das supostas falhas no processo de contagem da população, uma vez que o seu interesse era predominantemente para o  recrutamento militar. 

No Brasil, o último Censo ocorreu em 2010. Dessa forma, teríamos um novo em 2020, que acabou sendo adiado para o ano seguinte, por causa da pandemia de Covid-19. Em 2021, a pesquisa foi novamente suspensa, uma vez que o orçamento necessário para a sua realização não foi aprovado. Agora, depois de 12 anos de espera, o Censo finalmente está saindo do papel, e estima que cerca de 215 milhões de brasileiros estejam vivendo em cerca de 75 milhões de domicílios. 

Qual a importância do Censo?

As informações do Censo são essenciais para o desenvolvimento e implementação de políticas públicas e para a realização de investimentos públicos e privados. Ele também é o responsável por reunir dados etários e fazer a contagem da população. Além do contingente populacional, o IBGE fomenta informações de aspectos geocientíficos através de diversas pesquisas que buscam informações, como:

  • Mapeamento Geográfico, Topográfico e Municipal;
  • Recursos Naturais e Meio Ambiente: trabalha com o mapeamento das condições ambientais e dos impactos gerados pela ação do homem; e
  • Estruturas Territoriais: diz respeito à evolução da divisão político-administrativa e das divisões regionais e setoriais do território brasileiro.

Na educação, por exemplo, é possível saber o que está acontecendo nas escolas para além do Censo Escolar, realizado pelo MEC. É através desse mapeamento que se torna possível calcular as taxas de abandono e traçar um perfil.  Além disso, o Censo consegue detectar a formação universitária dos brasileiros que cursaram o ensino superior e em que profissões essas pessoas estão empregadas.

É possível conhecer também os dados sobre a distribuição, renda e demandas econômicas e sociais reprimidas da população, além de ajudar os gestores públicos no planejamento e identificação das áreas que necessitam de transporte público ou na localização adequada para moradias populares — ou para a passagem de grandes obras viárias. Até mesmo a distribuição de pontos de ônibus deve ser embasada em quantas pessoas eles vão atender. 

Foto/Imagem: geocracia.com 

Como o Censo é realizado?

O Censo Demográfico é feito a partir de um questionário que abrange características dos moradores e seus domicílios. São dois tipos de questionários: o básico, com 26 quesitos, que leva em torno de 5 minutos para ser respondido; e o questionário ampliado, com 77 perguntas e respondido por cerca de 11% dos domicílios, que leva 16 minutos. A seleção da amostra a ser respondida é aleatória e feita automaticamente no dispositivo móvel de coleta.

O questionário básico é mais simples e será aplicado na maioria dos domicílios. Ele traz perguntas simples, como: nome e data de nascimento de todos os moradores da unidade visitada, autodeclaração de cor ou raça, renda bruta mensal do responsável pelo domicílio, além de questões a respeito da moradia  — como forma de abastecimento de água e coleta de lixo. 

Já o questionário amostra traz um número maior de questões que serão respondidas por uma pequena parcela da população. Além das perguntas do questionário básico, o amostra questiona qual tempo de deslocamento para o trabalho de cada morador, religião, possíveis dificuldades de enxergar, andar e pegar objetos no chão, entre outras indagações. 

Nas pesquisas, são verificadas também características sobre os moradores e seus domicílios, além dos temas: trabalho, rendimento, casamento, religião, pessoas com deficiência, migração e autismo — presentes na amostra.

Até dezembro, os recenseadores irão visitar cada um dos domicílios nos 5.570 municípios do país, incluindo aldeias indígenas e territórios quilombolas. Sendo assim, não deixe de colaborar com o censo, a sua resposta faz toda a diferença!

Saiba mais pelo site do Censo Demográfico 2022

Colaboração de texto: Etienice Silva e Izabele Pereira (Bolsistas de Extensão do Escritório Modelo/Rádio e TV UNIFAP, 2022)
Revisão de texto: Marcela Souza (Bolsista de Extensão do Escritório Modelo/Rádio e TV UNIFAP, 2022)


ATENÇÃO – As informações, as fotos, imagens e os textos podem ser usados e reproduzidos, integral ou parcialmente, desde que a fonte seja devidamente citada e que não haja alteração de sentido em seus conteúdos. Crédito para textos: Escritório Modelo/Rádio e TV UNIFAP, 2022.

 

 

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