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Curso de Letras Português e Francês

O Curso de Licenciatura em Letras – Língua Portuguesa e Língua Francesa e suas respectivas literaturas visa formar o licenciado em Língua Portuguesa e Língua Francesa e suas Literaturas de acordo com o contexto e necessidades locais e com o objetivo de atuação profissional sob a realidade regional.

O curso preserva a natureza pluridimensional do ensino público superior e possui três áreas de concentração: (1) Estudos Linguísticos em Língua Portuguesa e em Línguas Estrangeiras Modernas, precisamente, o FLE; (2) Estudos Literários em Língua Portuguesa (LP) e em Língua Francesa (FLE); (3) Didática das Línguas e Literaturas. Defende a articulação entre as diferentes áreas do conhecimento que compõem a grade curricular do curso e entre o Ensino, Pesquisa e Extensão, condições para a instalação e manutenção de uma universidade autônoma. Ao considerar a formação do licenciado, a organização curricular do curso volta-se igualmente para a dimensão pedagógica. Assim  os objetivos do curso  podem ser sistematizados em:

I Formar profissionais que atuem com coerência nas áreas de Linguística, Literatura e Didática das línguas e das literaturas;

II Apresentar as contribuições fundamentais sobre o ensino de Análise Linguística e as concepções contemporâneas da LP e LE, particularmente o FLE, e de seu ensino;

III mediar a aprendizagem e a operacionalização dos conceitos fundamentais da Linguística, Literatura e Didática das línguas;

IV permitir aos discentes a utilização adequada das variedades da LP e do FLE em situações de comunicação;

V proporcionar reflexões sobre o ensino da LP e do FLE em contextos multiculturais e plurilingues;

VI discutir práticas pedagógicas no ensino e aprendizagem da LP (língua e literaturas de expressão em Língua Portuguesa, incluída a literatura amapaense) e do FLE (Língua Francesa e literaturas francesa e francófonas);

VII proporcionar a reflexão associada da literatura (nas línguas portuguesa e francesa), da língua (portuguesa e francesa) e do contexto histórico e social em que tais manifestações emergem e são recepcionadas;

VIII mediar o processo de aquisição e produção de conhecimento e sua relação com as diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos;

IX incentivar os discentes à pesquisa e ao intercâmbio linguístico e cultural com outros falantes nativos de nações lusófonas e francófonas.

Desta forma, o licenciando em Letras – Português e Francês do Campus Binacional de Oiapoque deve se capacitar para dominar, com fluência, as Línguas Portuguesa e Francesa considerando a integralidade e complementaridade das quatro habilidades (ouvir, falar, ler, escrever) concernentes a ambas as línguas (a vernacular e a estrangeira), bem como dominar suas respectivas literaturas com vista para o ensino e a pesquisa linguísticos e literários, sem se descolar das constantes e necessárias observação e compreensão das realidades sociais em que esses saberes são solicitados.

Tendo como fundamento esse princípio, e diante da pertença de docentes e discentes do Curso de Letras – Português e Francês, a etnias e culturas indígenas da região do extremo norte amapaense que faz fronteira com a Guiana Francesa, onde se encontra localizado o município no qual o campus Binacional está inserido, o Plano Pedagógico deste curso não deixa de levar em conta o contexto bastante singular que atravessa a formação dos alunos, que passa a ser mais plural e multilíngue devido aos elementos geopolíticos locais que influem no perfil dos ingressantes e, consequentemente, dos egressos do curso. Esse ambiente multicultural e multilinguístico influencia positivamente a qualidade do desenvolvimento profissional e interpessoal dos formados em Letras.

A articulação entre as características etnográficas de Oiapoque/AP e as experiências próprias do ensino, da pesquisa e da extensão universitárias voltadas ao curso de Letras possibilita uma interação diferenciada entre os aspectos teóricos e práticos dos conteúdos linguístico-literários dos componentes curriculares e proporciona um âmbito democrático de respeito e partilha, e ao mesmo tempo de construção, de uma identidade científica pela qual são valorizados os distintos tipos de conhecimento.

O perfil do acadêmico do curso de Letras – Português e Francês do Campus Binacional é perpassado pela dialética oriunda dessa conjuntura. Por essa razão, os licenciandos são preparados para o mercado de trabalho imbuídos dessa visão, cujo humanismo que lhe serve de essência se associa com a necessidade de serem dinâmicos e criativos no processo de mediação entre conhecimento científico e as especificidades do processo de ensino e aprendizagem em LP e FLE e suas literaturas nas situações de atuação profissional.

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Professor e alunas do curso Letras – Português e Francês participam de publicação

O professor Edilson Alves de Souza, docente da área de Teoria Literária e Literaturas de Língua Portuguesa do curso Letras – Português e Francês (UNIFAP – Campus Binacional), e as acadêmicas Joyce Felipe Anika e Lia Roberta Gomes de Araújo, ambas discentes do mesmo curso, participam como autores em coletânea, recentemente, publicada pela Editora Bagai.

Capa da coletânea de ensaios

 

A obra Ensaios sobre letras, linguística e artes: ensino, pesquisa e extensão – Volume 3, organizada por Cleber Bianchessi, é composta por 19 trabalhos, entre os quais se encontra o capítulo intitulado “Notas para uma função poiética da recepção literária na poética clássica”, da autoria do referido professor e das alunas.

Conforme sinopse disponível no site da editora, a publicação, que já soma seu terceiro volume,

“[…] expressa e oferece análises intelectuais e ensinamentos didáticos que representa um esforço coletivo de pesquisadores por meio do ensino, pesquisa e aplicação do conhecimento imersos nas práticas de ensino e aprendizagem. Ressaltam a linguística ao se dedicar ao estudo científico da linguagem, as letras explorando a produção e a interpretação de textos literários, e as artes ao englobar diversas formas de expressão como resultados de estudos e experiências educacionais. Ao longo de sua trajetória, a coletânea explora abordagens diversas e propostas do professor contemporâneo que interage, em certos momentos, com outras disciplinas ao destacar perspectivas e visões únicas dos indivíduos”.

O capítulo “Notas para uma função poiética da recepção literária na poética clássica”, de acordo com o que está expresso em seu parágrafo inicial,

“é um desdobramento das atividades realizadas em torno do projeto de pesquisa intitulado ‘Fundamentos de uma função poiética da leitura literária – Fase I’, que tem sido desenvolvido na Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), particularmente no Campus Binacional de Oiapoque. O objetivo principal do projeto é verificar de que modo a experiência com o texto literário cumpre uma Função Poiética e como ela aparece na reflexão crítica associada à chamada Poética Clássica” (SOUZA; ANIKA; ARAÚJO, 2024, p. 107, grifos dos autores).

Página inicial do capítulo

 

O professor Edilson destacou que o projeto de pesquisa do qual se origina o capítulo tem pouco mais de um semestre e já tem possibilitado frutos concretos, dos quais mencionou sua recente participação no VI Cielli – Colóquio Internacional de Estudos Linguísticos e Literários, ocorrido entre dias 06, 07 e 08 de março de 2024 e organizado pela Universidade Estadual de Maringá (UEG), no qual apresentou a comunicação “Fundamentos platônicos para uma função poiética da leitura literária”. (Para acessar informações sobre evento e o Caderno de Resumos, clique neste link: https://6cielli2024.blogspot.com/).

Por fim, o professor Edilson também assinalou a importância da participação das alunas na publicação, ressaltando que isso é resultado do relevante trabalho que o colegiado do curso de Letras tem realizado em prol da formação profissional, acadêmica e humana da população de Oiapoque/AP e de cidades circunvizinhas.

Os interessados na publicação podem acessá-la gratuitamente pelo site da Editora Bagai (https://editorabagai.com.br/product/ensaios-sobre-letras-linguistica-e-artes-ensino-pesquisa-e-extensao-vol-3/) ou pelo portal eduCapes (https://educapes.capes.gov.br/handle/capes/742928).

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Professor e discente do Curso de Letras Português e Francês participam do 6º SECLII-UNIFAP

A acadêmica Joyce Felipe Aniká e o professor Edilson Alves de Souza ministraram, no dia 10 de fevereiro de 2024, o minicurso “Mimesis e etnia: perspectivismo ameríndio e literatura indígena”. A atividade aconteceu no contexto do 6º Seminário de Extensão do Curso de Licenciatura Intercultural Indígena da Universidade Federal do Amapá (6º SECLII-UNIFAP), evento que tem acontecido desde o dia 20 de janeiro de 2024, aos sábados, e perdurará até o dia 24 de fevereiro (para conferir a programação completa e se inscrever, acesse: https://www.even3.com.br/6seclii/).

Professor Edilson

Conforme o resumo disponibilizado pelos dois palestrantes, o minicurso teve por objetivo

“[…] fazer uma leitura de obras da literatura brasileira destacando a maneira como suas formas de representação (a mimesis) lidou com o indígena, como temática e, mais contemporaneamente, como autor. Tendo como ponto de partida o perspectivismo ameríndio de Eduardo Viveiros de Castro, e contando com o auxílio da abordagem de outras expressões artísticas (como o grafismo indígena oiapoquense), mostramos como a literatura de autoria indígena tem contribuído para a reorientação e reconfiguração das relações entre mimesis e etnia praticadas no cânone literário do Brasil e, com isso, descolonizado a visão que se tem sobre as culturas dos povos originários”.

Acadêmica Joyce Felipe Aniká

O minicurso foi uma oportunidade para divulgar os estudos e pesquisas que têm sido desenvolvidos no âmbito do curso de Letras Português e Francês do Campus Binacional da UNIFAP e contou com a presença de alunos de outros cursos, como Geografia e Intercultural Indígena, todos eles oriundos de aldeias indígenas.

Cursista no minicurso

O professor Edilson destacou que essa também foi uma boa ocasião para a partilha e para o diálogo e uma oportunidade para reforçar o protagonismo estudantil nas atividades do curso de Letras.

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Projeto de Extensão SANS FRONTIÈRES – Curso de Língua Francesa no Município de Oiapoque

                         

O Colegiado de Letras Português e Francês deu início nos dias 22 e 23 de janeiro ao Projeto de Extensão  SANS FRONTIÈRES – Curso de Língua Francesa no Município de Oiapoque. Este projeto educacional era cobrado e desejado há muito tempo pela sociedade oiapoquense, pelo fato de estarmos na fronteira do Brasil com a Guiana Francesa, e o francês ser a língua estrangeira mais falada na cidade. Este ano foi possível tirar o projeto do papel graças à colaboração do Professor Luís Carlos de Santana, que ingressou em outubro de 2023 no Curso de Letras como professor contratado. O profissional possui graduação em Letras Português e Francês, e  está à frente das aulas do curso.

         

O projeto  atende a um público bem diversificado, sendo o interno composto por técnicos, terceirizados, discentes indígenas e não indígenas de vários cursos e docentes de todas as áreas. O público  externo é  composto por donas de casa, comerciários, atendentes, policiais federais, médicos, dentistas, vigilantes, capoeiristas, tatuadores, agentes de saúde, professores municipais e estaduais, docentes, técnicos e estudantes do IFAP, entre outros profissionais.

                   

As 80 vagas estão esgotadas e existe uma lista de espera com mais de 30 nomes.

                                                     

O curso só se tornou possível, graças à parceria com Instituto Federal do Amapá- IFAP- Campus Avançado do Oiapoque. O diretor da instituição Professor Eliel  da Silva cedeu uma sala onde acontecem as aulas.

 

Devido ao sucesso e à demanda reprimida, a intenção é que tenhamos outra edição no ano de 2025.

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CINE DEBATE- MÊS DA CONSCIÊNCIA NEGRA

O Colegiado de Letras Português e Francês convida toda a comunidade acadêmica para participar do Cine Debate, em alusão ao Dia da Consciência Negra. Na ocasião, será exibido o filme M-8: QUANDO A MORTE SOCORRE A VIDA, dirigido por Jeferson De.

O longa traz a história de Maurício, estudante negro que ingressa numa renomada Universidade Federal de Medicina. Lá, ele se depara com várias situações, uma delas é não se identificar com seus colegas de turma, todos brancos e moradores de bairros nobres; mas sim com os corpos de indigentes na aula de anatomia, negros como ele.

Dia: 25 de novembro, sábado.

Horário: 19h30.

Local: Bloco B- Campus Binacional de Oiapoque.

 

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Visita ao Quilombo Kulumbu do Patuazinho

No dia 14 de outubro de 2023, a convite do professor Alexandre Marcondys, do Colegiado de Direito, estudantes dos cursos de Geografia, Letras e Pedagogia, do Campus Binacional,  visitaram o quilombo Kulumbu do Patuazinho, localizado no município de Oiapoque, Amapá. A visita fazia parte da aula de campo voltada ao Curso de Pedagogia.

Os estudantes e docentes que participaram do evento aprenderam sobre a história da comunidade através de Elena, filha de Pai Benedito, liderança do local, falecido há poucos meses. Pai Benedito está sepultado aos pés de uma samaúma, árvore conhecida na comunidade  como Mãe Grande. O quilombo foi fundado ao redor desta árvore, graças a um sonho que Pai Benedito teve com o lugar onde poderia estabelecer o santuário de São Benedito de Aruanda.

         

Aprendeu-se também que, onde vivem comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas, a floresta permanece protegida. Isso foi visto de perto, durante o percurso pelo “Caminho dos Orixás”, local sagrado e preservado pelos moradores locais, e a Pedreira de Xangô, espaço de natureza e espiritualidade.

             

 

Infelizmente, os moradores da comunidade enfrentam muitos desafios, apesar do reconhecimento de pertencerem a um quilombo. O primeiro está relacionado à especulação territorial, pois o bairro Infraero invade cada vez mais o espaço, além da mineração e exploração de madeira ilegais. Há também problemas ligados ao saneamento básico e à falta de vagas em escolas para as crianças, além do enfrentamento do racismo e preconceito relacionados à cor, mas sobretudo à religião de matriz africana.

 

Fotos cedidas por  docentes e discentes da UNIFAP- Campus Binacional de Oiapoque

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Formatura dos estudantes de Letras Português e Francês

No sábado, dia 19 de agosto de 2023, ocorreu a formatura dos estudantes da Universidade Federal do Amapá – Campus Binacional de Oiapoque. Sete discentes foram licenciados em Letras Português e Francês. São eles: Ana Socorro da Silva, Eranelza dos Santos, Jadson Gomes, Jani de Oliveira, Natália Alves, Raquel Batista e William de Castro. A cerimônia contou com a presença de familiares dos estudantes, servidores, professores e autoridades locais. Os docentes de Letras foram representados pelos professores Edilson Alves, Manoela Araújo e Lucinéia Alves. O Colegiado de Letras Português e Francês parabeniza os novos profissionais.

Crédito: Deyvison Santos Praxedes de Oliveira

Crédito: Deyvison Santos Praxedes de Oliveira