ESTUDANTES E BOLSISTAS DE IC DO CURSO PUBLICAM CAPÍTULO DE LIVRO SOBRE A ATUAÇÃO DO SPI ENTRE OS POVOS INDÍGENAS DE OIAPOQUE

As estudantes das Ciências Humanas, turma 2014, Leônia Ramos Oliveira e Lilia Ramos Oliveira, publicaram o capítulo “ATUAÇÃO DO SERVIÇO DE PROTEÇÃO AOS ÍNDIOS ENTRE OS POVOS INDÍGENAS DE OIAPOQUE”, no livro “Ciências Humanas: resultados dos projetos de iniciação científica da UNIFAP (2012-2016)”, da Editora da UNIFAP, disponível para baixar em e-book: http://www2.unifap.br/dpq/ Este capítulo é fruto dos estudos e pesquisas que realizam desde 2015 no âmbito do projeto de pesquisa n. 0588/2014, PROTEÇÃO TUTELAR, ASSISTÊNCIA E INTEGRAÇÃO DOS ÍNDIOS À SOCIEDADE NACIONAL: Estudo comparativo da atuação da agência indigenista do Serviço de Proteção aos Índios (SPI) entre os Povos Indígenas do Brasil meridional e setentrional, coordenado pela professora historiadora Carina Santos de Almeida, no Curso de Licenciatura Intercultural Indígena/Oiapoque. Tanto as estudantes Leônia e Lilia quanto a professora Carina envolvem-se nos estudos sobre a história indígena regional e a construção do indigenismo implantando pelo Estado brasileiro no século XX, com ênfase sobre a atuação da agência indigenista do Serviço de Proteção aos Índios que passou a intervir na região a partir de 1930, e, mais intensamente, com a instalação de duas unidades locais para atender aos povos que viviam nesta fronteira, o Posto Indígena Luiz Horta em 1941 e Posto Indígena Uaçá em 1942. Esses estudos somente foram possíveis devido ao apoio e acesso aos documentos do Acervo documental do SPI, viabilizados pela ajuda da professora e linguista Mara Santos e pelo Museu do Índio/Funai/RJ, depositário da documentação.   Resumo: Este artigo visa problematizar a “proteção tutelar” implementada pelo Serviço de Proteção aos Índios (SPI) entre os povos indígenas de Oiapoque. Essa agência instituiu a “Ajudância de Oiapoque” com duas unidades locais para atender aos povos regionais, o Posto Indígena de Fronteira e Vigilância Luiz Horta em 1941 e o Posto Indígena de Educação e Nacionalização Uaçá em 1942. Por se tratar de uma região de fronteira, onde residem e circulam povos diversos como Karipuna, Galibi (Marworno), Palikur, Wajãpi, Waiana, Teko, falantes de distintas línguas, em constantes relações de reciprocidade entre si e com a cultura franco-guianense-caribenha, a instituição do poder tutelar garantiria não somente a “proteção” e a “assistência”, mas o almejado controle fronteiriço e “integração” destes ameríndios como contingentes sociais nacionalizados. A história indígena regional enquanto temática de estudo ainda não foi devidamente pesquisada pela historiografia, exigindo acesso e análise qualitativa dos documentos históricos, nesse sentido, este artigo apresenta alguns elementos importantes sobre os direcionamentos do SPI delegados aos povos indígenas de Oiapoque e revela a perspectiva Karipuna de “dentro” da história quando apresenta os significados sobre a proteção tutelar para as bolsistas de iniciação científica desta pesquisa.

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