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REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE MÃES E PROFESSORAS SOBRE A APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN

GÓES,  Sheila
PACHECO, Wellem dos Santos
SILVA,  Almira do Nascimento

RESUMO: O presente estudo tem como objetivo compreender e analisar quais as representações sociais que mães e professoras têm acerca da aprendizagem e desenvolvimento das crianças com síndrome de Down, uma vez que as representações sociais funcionam como sistemas de referências que utilizamos para classificar pessoas ou grupos e para interpretar os acontecimentos da realidade cotidiana. Além disso, as representações sociais também mantêm relações com a linguagem e a ideologia exercendo, portanto, um papel fundamental na orientação de condutas e práticas sociais. Para tal, participaram da pesquisa 05 professoras do ensino regular da rede municipal de Santana, que têm em sua sala de aula alunos com síndrome de Down e 05 mães dos respectivos alunos. Para atingir os objetivos propostos foram realizadas entrevistas de caráter qualitativo com perguntas semiestruturadas direcionadas a mães e professoras das crianças com síndrome de Down. As entrevistas foram registradas com auxílio de um gravador de áudio e posteriormente transcritas e analisadas de acordo com o método microgenético que envolve o acompanhamento minucioso do processo, detalhando as ações dos sujeitos e suas relações interpessoais. Os resultados obtidos  indicaram que as representações, tanto das mães quanto das professoras, ainda estão fortemente arraigadas num enfoque clínico conservador que responsabiliza a deficiência primária como único fator responsável pela aprendizagem e desenvolvimento da criança. Dessa forma as representações apresentadas pelas mães e professoras direcionam suas ações e expectativas de em relação à criança com síndrome de Down impossibilitando a aprendizagem e o desenvolvimento das mesmas. 
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O USO DE SOFTWARE EDUCACIONAL COMO MEDIADOR INSTRUMENTAL NA APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN

LIMA, Rafael Pontes  

RESUMO:  O presente trabalho pretende compreender como ocorre o desenvolvimento e o aprendizado das crianças com síndrome de Down através do uso de um software educacional, tendo como suporte teórico o paradigma da educação inclusiva e a teoria sócio-histórica de Vygotski. As crianças com síndrome de Down apresentam pouca habilidade de assimilação da informação através da memória auditiva de curto prazo, provocando dificuldade de aprendizagem sob a forma narrativa e oralizada praticada pela maioria dos professores no contexto atual do ensino regular. Por outro lado, as crianças com síndrome de Down, apresentam como habilidade a ser potencializada sua memória visual. Diante do exposto, o objetivo deste estudo é analisar e comparar como ocorre o desenvolvimento e o aprendizado das crianças com síndrome de Down diante de atividades habituais realizadas em sala de aula e de atividades apresentadas através do software educacional a partir da formação de dois grupos com duas crianças cada. Para as atividades habituais realizadas na pesquisa, foram utilizadas tarefas comuns desenvolvidas em sala de aula pelas professoras do ensino regular, e para as atividades com o uso do computador, foi utilizado um software educacional que contempla recursos de imagens, animações e efeitos visuais, de forma lúdica e interativa, permitindo que a criança se sinta em um ambiente confiável e seguro. Nas atividades habituais e no software educacional, foram abordadas atividades que exploraram os conceitos matemáticos praticados na sala de aula regular do 1º ano do ensino fundamental em Escolas públicas estaduais de Macapá. A partir do uso do método microgenético na análise das informações empíricas, foi possível analisar ainda os momentos de cada criança durante a realização das atividades e inferir seu nível de desenvolvimento real e potencial, a influência da mediação e a interação com o professor, comparando os resultados apresentados pelos grupos que desenvolveram as atividades de forma alternada. O GRUPO I desenvolveu primeiro as atividades através do uso do software educacional e posteriormente as atividades habituais e o GRUPO II desenvolveu primeiro as atividades habituais para posteriormente desenvolver as atividades através do software educacional. Esta comparação permitiu mostrar que o uso do software educacional, como mediador instrumental, aliado ao professor atuando como mediador social, é promotor de desenvolvimento e aprendizagem das crianças com síndrome de Down. Logo, os resultados sustentam a tese de que o uso de tecnologias assistivas, como o software educacional, aliado à figura do mediador social (professora) potencializam a memória visual das crianças com síndrome de Down e possibilitam um aprendizado rico e de qualidade, quando o foco está nas habilidades e não nas deficiências, proporcionando condições para que aconteça a educação inclusiva.  

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Metodologias e estratégias utilizadas pelos docentes no processo de ensino e aprendizagem de alunos com Síndrome de Down.

GUIMARÃES, Arianne Beatriz Cavalcante

BRASILIENSE, Gisele Monique Silva

GEMAQUE, Kellyanne Mareco

SANTOS, Neangela Karla Nascimento

PEREIRA, Walquíria de Araújo

RESUMO: Considera-se que as crianças com síndrome de Down necessitam de adequações metodológicas que sejam capazes de lhes oportunizar o acesso ao conhecimento no processo de ensino, pois estas crianças em virtude das limitações biológicas ocasionadas pela síndrome apresentam características próprias no processo de ensino e aprendizado, as quais devem ser consideradas pelo professor na sala de aula. Neste sentido, o objetivo desta pesquisa visa compreender como está ocorrendo o acesso ao conhecimento das crianças com síndrome de Down na sala de aula regular e descrever e analisar as metodologias e estratégias utilizadas pelos docentes no processo de ensino e aprendizagem de alunos com síndrome de Down. Participaram desta pesquisa cinco professoras atuantes na 1ª série do ensino fundamental e cinco alunos com síndrome de Down inseridos nas respectivas turmas de escolas públicas regulares. A abordagem teórico-metodológica do estudo foi sob a perspectiva da teoria histórico-cultural e sua análise foi realizada em consonância com o método microgenético. O trabalho está dividido em dois capítulos, sendo que o primeiro trata do Paradigma da Inclusão Escolar, e o segundo é referente às metodologias e estratégias como forma de acessibilidade das crianças com síndrome de Down no processo de ensino e aprendizagem. Dentro deste capítulo aborda-se a concepção da teoria sócio-histórica de Vygotski, a caracterização dos fatores genéticos e sociais que influenciam no aprendizado dessas crianças e também a importância da adaptação curricular para se proporcionar um aprendizado satisfatório para as mesmas. A pesquisa foi dividida em duas etapas, na primeira etapa foram realizadas as observações do tipo participante na sala de aula com as professoras e alunos com síndrome de Down e na segunda etapa foram realizadas as entrevistas com as professoras, com o auxílio de gravador, que posteriormente foram transcritas e analisadas de acordo com o referencial teórico. Os resultados das entrevistas e observações indicaram que algumas escolas públicas regulares não estão oportunizando de maneira significativa o acesso ao conhecimento de crianças com síndrome de Down, ao mesmo tempo que utilizam metodologias e estratégias diferentes do restante da turma, sem as adequações necessárias que auxiliariam consideravelmente no processo de aprendizado dessas crianças. Dessa maneira, entende-se que a inclusão escolar não está ocorrendo nas salas de aulas regulares, pois as especificidades dos alunos com necessidades educacionais especiais não estão sendo consideradas, o que leva à uma mera integração e até mesmo exclusão desses alunos.

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