A internet é um ambiente democrático, dinâmico e sem fronteiras, que disponibiliza um verdadeiro universo de informações e possibilidades de comunicação ao alcance de um clique. Mas, assim como o “mundo real”, a internet não está livre de riscos.
Dessa forma, é necessário entender a dimensão pública desse espaço, acompanhar e orientar a utilização da internet pelas crianças e adolescentes, prevenindo a incidência de violações de direitos humanos e crimes como o abuso sexual on-line e a pornografia infantojuvenil na web.
Com o aumento significativo da presença de crianças e adolescentes na rede, todos nós precisamos estar atentos e ter alguns cuidados. Filtros e outros softwares de segurança podem ajudar, mas o acompanhamento presencial e o diálogo são as formas mais eficazes e, portanto, indispensáveis de proteção.
(1) Seja um pai/mãe antenado(a)
- Pesquise, leia, aprenda mais sobre a internet, conheça como funciona e possibilidades de uso. Navegue sozinho e junto com seus filhos.
- Limite o tempo de utilização da internet pelas crianças e adolescentes.
- Saiba por quais sites eles navegam e que comunidades virtuais integram.
- Peça para ler o que eles divulgam em seus blogs, comunidades e salas de bate-papo.
- Instrua-os a não divulgar dados pessoais, como nome, endereço, telefone, fotografias, escola e endereço eletrônico (e-mail) em locais públicos da internet.
- Mantenha o computador numa área comum da casa e com a tela visível.
- Caso encontre algum material violento ou ofensivo durante a navegação, explique aos seus filhos o que pretende fazer sobre o fato.
- Coloque-se sempre à disposição para ajudar caso eles se sintam em perigo, mesmo se não dominar a tecnologia.
- Opte por programas que filtram e bloqueiam sites. Pesquise para encontrar um que se ajuste às regras previamente estabelecidas e acordadas com seus filhos.
- Se surgirem dúvidas, verifique! Não ignore qualquer sensação de insegurança. Prevenir nunca é demais!
- Os programas ajudam, mas nunca podem substituir o acompanhamento dos pais. Diálogo e confiança ainda são as melhores tecnologias de segurança!
- Sempre que ver alguma coisa errada, denuncie por meio do site www.denuncie.org.br
(2) Seja uma escola consciente e atuante
- Disponibilizando-se como um espaço de disseminação de informações e debates sobre o tema.
- Incluindo discussões sobre sexualidade e a sua valorização nos meios de comunicação.
- Promovendo encontros de reflexão e atividades de integração entre pais, professores e alunos.
- Promovendo com os alunos a noção de auto-cuidado e auto-proteção, no âmbito da educação para autonomia.
- Usando dados estatísticos, histórias reais e notícias a fim de informar a todos sobre a melhor maneira de proteger as crianças e adolescentes contra o abuso on-line e a pornografia infantil na internet, bem como de evitar sua exposição a quaisquer conteúdos inapropriados.
- Observando o comportamento dos alunos e alertando-os sobre os riscos da internet.
- Denunciando crimes na internet por meio do site www.denuncie.org.br
(3) Crianças e adolescentes, naveguem protegidos!
- Lembre-se de que o mundo virtual faz parte do mundo real, logo há perigos que não podem ser negligenciados.
- Não divulgue dados pessoais.
- Cuidado ao falar com estranhos, você não sabe quem está do outro lado.
- Preserve sua privacidade! Converse apenas sobre assuntos públicos. Sua intimidade sexual só diz respeito a você.
- Se alguém não o(a) deixou à vontade ou fez algo que o(a) incomodou, diga para parar. Fique atento e não tenha medo dizer NÃO, mesmo que seja para uma pessoa conhecida ou do seu convívio cotidiano.
- Fique atento às políticas de privacidade dos sites.
- Não aceite convites para encontrar alguém que conheceu na internet. Você não sabe a real identidade dessa pessoa e nem suas intenções. Se de fato quiser conhecê-la, converse primeiro com seus pais ou responsáveis para que o acompanhem.
- Incentive seus pais e responsáveis a acompanhá-lo no acesso à internet. Você pode, inclusive, ensinar muito sobre a rede para eles.
- Sempre que ver alguma coisa errada, denuncie por meio do site www.denuncie.org.br
Fontes: Cartilha Saferdicas SaferNet e a Navegar com Segurança.