Observatório de Políticas de Ações Afirmativas do Amapá (Página em construção)

QUEM SOMOS?

 O Observatório das Políticas de Ações Afirmativas coordenado pelo Neab-Unifap – é um Programa Interinstitucional que atua de maneira transdisciplinar, que se relaciona com a Educação, Direitos Humanos e Justiça social, Antropologia das Populações Afro-brasileiras (entre outras áreas de conhecimento) para promover a equidade de oportunidades a grupos em situação de vulnerabilidade, no intuito de construir um projeto de sociedade que seja justo e solidário, sem preconceitos de origem, raça/cor, religião, sexo, idade e quaisquer outras formas de discriminação, com o objetivo de contribuir para a redução da marginalização e das desigualdades raciais, sociais e regionais  que são princípios fundamentais da sociedade brasileira, previstos na Constituição Federal de 1988.

O Observatório compreende um conjunto articulado de projetos e ações de caráter transdisciplinar que integra atividades de pesquisa, ensino e extensão voltadas ao monitoramento, levantamento de dados, comparação e análise da implantação de políticas de democratização de acesso e de permanência no ensino superior e na educação básica.

Os pesquisadores e as pesquisadoras que integram o OPAAF desenvolvem suas atividades de ensino, pesquisa e extensão orientados (as), ainda, em identificar, analisar e comparar os investimentos, recursos mobilizados, custos e impactos institucionais advindos da implementação dessas políticas, bem como seus controles institucionais e social, dando respostas efetivas à sociedade sobre o investimento em educação.

Objetivo Geral:

  • Potencializar ações e atividades que tenham como pressuposto incidir sobre as formas de implementação das Ações Afirmativas nas Instituições Federais de Ensino Superior no Amapá, bem como nas redes estadual e municipais.

Objetivos específicos:

  • Estabelecer diálogo permanente e colaborativo com os sujeitos de direito (sujeitos-alvo da PAAF), bem como, com os grupos sociais que demandaram e viabilizam o acesso a essas políticas, tais como comunidades tradicionais, quilombolas e de matriz africana, movimentos sociais, instituições escolares, coletivos de estudantes, coletivos culturais, dentre outros grupos,
  • Realizar eventos de formação voltados aos estudantes, à comunidade universitária, bem como a sociedade civil organizada, visando instituir um estado de consciência coletiva (crítico e propositivo) de permanente controle social (monitoramento) de tais políticas,
  • Coordenar com a administração da Unifap o levantamento do passivo de estudantes que ingressaram na Instituição pelas PAAF em período anterior à Institucionalização da comissão de heteroidentificação,
  • Produzir dados e indicadores sobre a viabilidade de investimento e os impactos das PAAF na tomada de decisão de gestores no setor público e privado a partir da produção e divulgação do conhecimento nessa área.
  • Possibilitar a otimização de recursos destinados a bolsas de permanência e congêneres através do detalhamento da composição socioeconômica e racial dos acadêmicos das instituições.

Justificativa

 No final do século XX, os movimentos sociais negros organizados politicamente, e após longo período de debates nacionais e internacionais, discussões e muito empenho, conceberam um conjunto de políticas públicas e privadas voltadas à melhoria da qualidade de vida da população negra, e por conseguinte de toda sociedade brasileira, que foram denominadas Ações Afirmativas. Essas Ações, uma vez institucionalizadas como políticas, vinculam às instituições e à sociedade, a responsabilidade de seu monitoramento, acompanhamento e avaliação. Entretanto, não é possível avaliar, monitorar, aperfeiçoar, sem uma criteriosa coleta e análise de dados estatísticos e qualitativos que possibilitam melhor compreender as PAAF.

Nesse sentido, torna-se urgente e relevante nos debruçamos sobre o planejamento e a execução das PAAF no Amapá, nos níveis Federal, Estadual, Municipal para além de compreender seus aspectos simbólicos, planejar, executar, avaliar e apontar possibilidades de ampliar o alcance e a exequibilidade das Ações Afirmativas, inclusive no que diz respeito à alocação de recursos para melhorar as condições objetivas e subjetivas dessa grande parcela da sociedade brasileira.

Nessa perspectiva, o Observatório se apresenta como um relevante instrumento de estudos, capacitação, levantamento de dados e indicadores que trabalhando em rede, proporcionará conhecer a situação das PAAF nas IES, Estado e municípios para subsidiar seu planejamento e  execução.

Metodologia

A construção metodológica do projeto, contempla as etapas e os interesses de pesquisa e, para cada uma das fases, a metodologia é específica.

Na fase de elaboração da proposta, foram realizadas reuniões no intuito de estabelecer procedimentos e interesses comuns que direcionam as estratégias de implementação mais eficiente das PAAF, bem como do papel integralizador dos movimentos sociais, na expectativa de que a política realmente atenda às suas finalidades.

Indicadores, Metas e Resultados

Indicadores: Histórico de ações afirmativas das instituições envolvidas, perfil dos/as candidatos/as (raça/cor, sexo, geracional, econômico, origem, educacional, conjugal, e outros); demografia da região norte e do Amapá; nível de institucionalização das Ações Afirmativas (monitoramento, acesso, permanência, situação de egressos), recurso orçamentário e mecanismos de controle social; mapeamento das pautas da sociedade civil e acadêmica.

Metas:

  • Identificar, analisar, publicar e divulgar os dados observados sobre as PAAF para a comunidade acadêmica e sociedade civil;
  • Contribuir para a implementação de PAAF sob o ponto de vista local e macro;
  • Monitorar e propor medidas relativas às PAAF dentro das instituições envolvidas;
  • Realizar ações voltadas à formação para diversidade no âmbito da comunidade acadêmica e sociedade civil.
  • Produzir Manual Escolar Relativo a Cultura Negra do Amapá

Resultados esperados:

  • Respostas institucionais frente às informações levantadas pelo Observatório;
  • Mapeamento, identificação, monitoramento, avaliação e compartilhamento de resultados obtidos com as PAAF,
  • Desenvolvimento de materiais audiovisuais para documentação e disseminação das atividades inerentes ao Observatório nas IES, bem como no Estado e Municípios de Macapá;
  • Planejamento e execução de pesquisas que sejam relevantes para a população negra, levando em consideração as demandas identificadas em cada área.
  • Criação de um banco de dados unificado entre as Instituições envolvidas;
  • Produção de manual escolar relativo à cultura afro-amapaense
  • Realização de eventos.

 

NEAB-UNIFAP – Observatório Interinstitucional de Ações Afirmativas do Amapá

Observatório Interinstitucional de Ações Afirmativas do Amapá, em parceria com órgãos e instituições nas esferas estadual e municipal: UNIFAP, IFAP, OAB-AP, Consórcio Regional de Neab, Neabis, Grupos Correlatos e sociedade civil organizada.

Ênfase: Ensino, Pesquisa e Extensão

Data inicial: 19/05/2021

Data final: trata-se de um projeto permanente com renovação prevista de quatro em quatro anos

Unidade de Origem: Neab-Unifap.

Coordenação Geral:  Piedade Lino Videira e Enilton Ferreira Vieira.

Área CNPq: Ciências Humanas.

Eixos Temáticos Principais: Educação das Relações Étnico-raciais, Direitos Humanos e Justiça social, Antropologia das Populações Afro-brasileiras.

Linhas de Ensino 1: Educação das Relações Étnico-raciais;

Linhas de Pesquisa 2: Direitos Humanos, Justiça Social e Ações Afirmativas;

Linhas de Extensão 3:

Linhas de Extensão 4: