O professor e pesquisador MSc. Rafael Pires Moreira do colegiado de enfermagem UNIFAP – Campus Binacional foi contemplado com auxilio financeiro no valor de 25 mil reais para o desenvolvimento do seu projeto de pesquisa intitulado “A ação das micropartículas sobre resposta inflamatória em células endoteliais vasculares humanas: Efeitos no surgimento das doenças vasculares e suas complicações no Diabetes Mellitus”. No total foram selecionados 11 projetos de pesquisa dentre 30 projetos inscritos, e apresentados por pesquisadores de diversas instituições do estado do Amapá. O recurso financeiro é fonte da chamada pública FAPEAP Nº 003/2016 – PROGRAMA DE PESQUISA PARA O SUS.
Com o desenvolvimento do projeto pretende-se associar o risco do desenvolvimento de doenças vasculares e o diabetes via formação de micropartículas (MPs). A hipótese é que a exposição ao mercúrio pode levar um aumento no estresse oxidativo nas células endoteliais vasculares e desencadear a produção de micropartículas. As micropartículas se tornam um potencial candidato biomarcador, que será possível predizer o desenvolvimento futuro de doenças vasculares e do Diabetes Mellitus tipo 2 (DM-2).
Um maior conhecimento a respeito do papel das MPs no diabetes, através da avaliação da resposta induzida por elas em células endoteliais in vitro, de portador de DM2 ou não portador e o perfil de funcionalidade dessas células (produção de citocinas, espécies reativas de oxigênio) poderão contribuir para um maior entendimento do mecanismo de destruição do endotélio vascular, causando as complicações a longo prazo observáveis no diabético. Nesse sentido, estes conhecimentos são de extrema importância na tentativa de propor métodos alternativos de tratamento e/ou prevenção das complicações desta doença.
Com o resultado da pesquisa pretende-se identificar os mecanismos envolvidos na formação de micropartículas em pacientes diabéticos, e caracterizar a mesma como um biomarcador potencial, que poderá ser utilizado no prognóstico do desenvolvimento de doenças vasculares e do MD-2. Espera também elucidar os mecanismos fisiológicos que levam a formação de micropartículas, e propor novas alternativas terapêuticas no tratamento e prevenção futura do MD-2 na população contaminada ou não pelo mercúrio.
A pesquisa será realizada em parceria com os pesquisadores MSc. Jôsimar Dornelas Moreira (doutorando em análises clínicas e toxicológicas) e Dr. Tania Mara Pinto Dabés Guimarães (Coordenadora do laboratório de imunologia clínica), ambos do departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais.
RESULTADO CHAMADA PÚBLICA 003-2016 – PROGRAMA PESQUISA PARA O SUS