NOTA DO PPGLET CONTRA OS CORTES NO ORÇAMENTO DA EDUCAÇÃO E CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA

 

Os professores e as professoras do PPGLET (Programa de Pós-graduação em Letras) da UNIFAP (Universidade Federal do Amapá) se posicionam contrários à política de cortes no orçamento das Universidades brasileiras, promovida pelo MEC (Ministérios da Educação) do Governo Federal. Não podemos ficar inertes a um movimento sistemático de sucateamento da educação no Brasil, que não se dá apenas em nível superior, e infelizmente é promovido por agentes públicos, com a clara intenção de terceirizar um Bem essencial a toda a sociedade brasileira: a educação e os serviços de formação de cidadania para uma sociedade crítica, diversa e baseada nos princípios democráticos e republicanos. Consideramos que não é possível fazer ciência e construir conhecimento autônomo e com impacto social sem uma política de financiamento estatal que prima pela formação educacional dos seus cidadãos, desde as séries iniciais até ao ensino superior. Entretanto, temos assistido a uma série de medidas apresentadas e postas em prática pelo próprio Governo Federal, as quais colocam em risco o futuro de uma nação democrática e plural nas instituições federais de ensino superior. No caso a UNIFAP e seus cursos de graduação e pós-graduação, o corte de verbas compromete o custeio do seu funcionamento, tal como noutras universidades e institutos federais no Brasil, agravando, significativamente, a condição já precária dos campi do Oiapoque, Mazagão e Santana. O discurso governamental de “contingenciamento” é, na realidade, um discurso de CORTE no financiamento das universidades públicas, soando como uma moeda de troca em favor do apoio à proposta de Reforma da Previdência que, no fundo, só servirá para aprofundar as diferenças na distribuição de renda no Brasil, com lucros maiores para o capital privado e ônus maior ainda para a classe trabalhadora deste País. Somos pela Universidade pública, gratuita, de qualidade e inserida numa comunidade socialmente referenciada. Somos pela democratização da educação, e não pela sua elitização. 

 

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