CULTURA AFRO-BRASILEIRA EM DESTAQUE: QUILOMBO DO PATAUAZINHO/OIAPOQUE

 

No último dia 20 de agosto, os acadêmicos do curso de História da Universidade Federal do Amapá/ Campus Binacional, arregaçaram as mangas e colocaram a mão na massa!

Os grupos da turma 2014.1 colocaram em prática o que aprenderam na sala de aula. Através da disciplina de Prática de Ensino em História III, os alunos puderam explorar alguns objetivos, entre eles desenvolver estratégias e recursos para o Ensino de História da África e da Cultura afro-brasileira e indígena, a partir de conhecimentos teórico-práticos relacionados à atuação docente na diversidade dos espaços escolares. E o lugar escolhido por alguns grupos foi o Quilombo do PATAUAZINHO, localizado a margem do Bairro Infraero no município de Oiapoque.

“Todo esse trabalho visou enfatizar a contribuição africana na formação cultura brasileira, e obviamente a amapaense reflete perfeitamente essas características”, disse o professor JONATHAN VIANNAdo curso de História, a qual é responsável pela disciplina e que acompanhou de perto toda a execução.

Entre as atividades desenvolvidas tivemos o desfile de musas afro-amapaenses dando início a execução das propostas. O trabalho intitulado “Tendências afro: da senzala às passarelas”, a qual abordou as vestimentas afro e sua sofisticação ao longo do tempo, partindo do pressuposto que a vestimenta é um instrumento que reforça a identidade cultural demonstrando que a cultura de matriz africana está enraizada na sociedade e que apesar das questões raciais muitos se identificam com ela.

Tivemos ainda o projeto “conhecendo a nossa história: contribuições da África para à culinária brasileira” que levou para a comunidade um pouco do sabor afro tão presente nas iguarias do Brasil. E Como forma de valorizar a cultura amapaense descobrindo nossas raízes uma vez que a mesma passa despercebida dentro da sociedade de geração a geração, alguns grupos apostaram em atividades envolventes como o Marabaixo e a Capoeira. Esta última executada com o apoio do instrutor Cézar (do grupo Energia Pura).

Além disso, durante toda a execução dos projetos, de forma lúdica e divertida o último grupo levou a proposta de oficina para desenvolver bonecas negras, Baseados em uma lenda na época que os africanos vieram para o Brasil escravizados, que nos porões dos navios, as crianças choravam muito, então suas mães rasgavam as barras das saias e faziam bonecas para as crianças brincarem, pois não tinham brinquedos, encontrando uma solução mágica com amor materno.

Ao final, a própria comunidade do Patauazinho, em destaque dona Assunção (uma das líderes do quilombo), nos presentearam com uma de suas apresentações artístico-culturais comumente desenvolvido em épocas festivas.

Uma experiência enriquecedora que ajudará a cada um destes acadêmicos a atingir seus objetivos como educadores.

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Jonathan